PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

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Banca de DEFESA: ANGELICA DA SILVA SALUSTINO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANGELICA DA SILVA SALUSTINO
DATA: 20/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PPGA
TÍTULO: Letalidade de pesticidas e formulações de iscas tóxicas sobre Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) e suas implicações sobre a macrofauna do solo
PALAVRAS-CHAVES: Malationa, deltametrina, espinetoram, macrofauna do solo.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Entomologia Agrícola
RESUMO: Os pesticidas são de grande importância para o sucesso da produtividade agrícola, principalmente no setor frutícola, que demanda uma grande quantidade de aplicações para o controle de insetos praga, como a Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae). Dentre os produtos mais utilizados para o controle desta praga, estão os dos grupos organofosforados, piretróides e espinosinas, cujas aplicações se dão por meio de cobertura total ou pela utilização de iscas tóxicas. Todavia, o elevado uso desses produtos pode causar potenciais efeitos negativos ao meio ambiente e à sua biota, principalmente aos organismos do solo. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a suscetibilidade de C. capitata a doses de malationa, deltametrina e espinetoram de forma isolada e na formulação de iscas tóxicas, e os efeitos desses pesticidas na macrofauna do solo. A avaliação da letalidade dos inseticidas de forma isolada se deu sobre as fases imaturas e os adultos de C. capitata, via contato e via ingestão, aplicando-se doses obtidas por meio da diminuição da dose recomendada em intervalos de 20%, sendo essa a dose mínima utilizada. Os parâmetros avaliados foram: (1) viabilidade de ovos e (2) de pupas e (3) mortalidade de larvas e (4) de adultos. Quando os produtos foram associados aos atrativos, formando as iscas tóxicas, ofertou-se às moscas misturas com os pesticidas na dose recomendada pelo fabricante (D100) e uma dose de 80% da dose recomendada (D80). Após a oferta das iscas aos insetos, avaliou-se a toxicidade das mesmas em função do tempo. Para a avaliação do efeito dos pesticidas na macrofauna, os mesmos foram aplicados na dosagem recomendada pelo fabricante, utilizando-se o dobro do volume de calda para aplicações terrestres. Após a aplicação, a macrofauna do solo foi avaliada com base no método Tropical Soil Biology and Fertility (TSBF), com posterior determinação da densidade (indivíduos por m²), riqueza, índices de diversidade de Shannon-Weaver (H'), equabilidade de Pielou (J’) e diversidade máxima (Hmax). Nas aplicações utilizando apenas os pesticidas, observou-se que espinetoram e malationa quando aplicados via contato causaram uma elevada mortalidade nos adultos, com DL90 nas subdoses de 43,74% (52,48 g p.c. ha-1) e de 68,81% (137,62 mL p.c. 100L-1), respectivamente. Por ingestão, foi possível apenas a estimativa da DL50 com malationa e deltametrina para os adultos. Para a fase de ovo, apenas o defensivo com deltametrina apresentou DL50. As fases de larvas e de pupas não sofreram efeitos negativos das doses por contato. No entanto, sofreram efeito dos pesticidas, quando as larvas apresentaram uma mortalidade de 52% para espinetoram e de 61% para malationa. Para a ingestão, a letalidade das larvas foi abaixo de 20% com os três pesticidas. Com a utilização das iscas tóxicas, foram observadas maiores taxas de suscetibilidade de C. capitata com as formulações com malationa na dose D80, com tempo letal mediano (TL50) de 1 h, independentemente do atrativo utilizado. Já para as iscas formuladas com espinetoram, foi observado um TL50 de 6 h na D80. Em contraste, a menor suscetibilidade foi observada nas iscas formuladas com deltametrina, independentemente da dose e do atrativo utilizado. Para os efeitos na macrofauna do solo, foi constatado que malationa, deltametrina e espinetoram não afetaram a densidade total nem a densidade por grupos taxonômicos, excetuando-se o grupo Coleoptera, que apresentou uma menor densidade de indivíduos por m2 em solo tratado com malationa e deltametrina, diferindo dos solos tratados com o inseticida espinetoram e o tratamento controle. Deltametrina também reduziu a diversidade de indivíduos dos grupos avaliados. Assim, pode-se afirmar que deltametrina apresenta baixa eficiência no controle de adultos de C. capitata, via contato direto e com a utilização de iscas tóxicas. Espinetoram e malationa apresentam eficiência de 90% sobre C. capitata com subdoses de 43,74% (52,48 g p.c. ha-1) e 68,81% (137,62 mL p.c. 100L-1) respectivamente, via contatato direto. Em formulações de iscas tóxicas, malationa e espinetoram continuam eficientes no controle de C. capitata, mesmo com redução de 20% da dose recomendada pelo fabricante de cada produto, e podem ser formuladas com Biofruit®, com Cera Trap® e com melaço de cana-de-açúcar sem comprometimento do resultado esperado. Em campo, aplicações de malationa e de deltametrina reduzem a densidade de populações de Coleoptera e a diversidade da macrofauna do solo sob as condições testadas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1716310 - CARLOS HENRIQUE DE BRITO
Interno - 1840849 - JOSE BRUNO MALAQUIAS
Externo ao Programa - 1701091 - LEONARDO DANTAS DA SILVA
Externo ao Programa - 1117808 - MARCOS BARROS DE MEDEIROS
Externo à Instituição - ROBERIO DE OLIVEIRA