PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)
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Banca de DEFESA: ALINE DAYANNA ALVES DE LIMA MARCELINO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINE DAYANNA ALVES DE LIMA MARCELINO
DATA: 27/07/2023
HORA: 09:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO: ABORDAGENS QUÍMICAS E FISIOLÓGICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE
GERMOPLASMA DE ALGODÃO TOLERANTE A SALINIDADE SEVERA,
DURANTE A FASE REPRODUTIVA
PALAVRAS-CHAVES: complexo antioxidativo; ajustamento osmótico; tolerância ao
estresse; salinidade; algodão.
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO: A cotonicultura exerce grande influência socioeconômica para o país, visto que o algodão
fornece uma importante matéria prima, a fibra têxtil natural mais utilizada pela
humanidade. Como parte viva da planta, a fibra recebe influência constante do ambiente
e apresenta respostas aos estresses abióticos e bióticos. A salinidade é um estresse abiótico
global que afeta o desenvolvimento e produção das lavouras. Encontra-se principalmente
nas regiões áridas e semiáridas, sendo o Nordeste a região mais comprometida do Brasil,
pois apresenta temperaturas elevadas e índice pluviométrico baixo, fatores que favorecem
o acúmulo de íons no solo, conferindo um caráter salino. Quando a concentração salina
do solo ultrapassa os limites relativos a cada faixa de salinidade limiar das lavouras, os
efeitos adversos, osmóticos e de íon-específico da absorção de sais, afetam diretamente o
metabolismo das plantas, inibindo a absorção da água por efeito da redução da pressão
osmótica externa. Como consequência, decorrem modificações nas funções fisiológicas
e bioquímicas das células vegetais. Os distúrbios desencadeados durante o estresse
osmótico envolvem, especialmente, redução do crescimento, devido à queda na
fotossíntese em consequência da perda de água na célula, alémde danos oxidativos em
consequência da produção excessiva de EROs que provocam a peroxidação lipídica,
degradação de proteínas e morte celular. Para evitar tais danos, espécies tolerantes,
desengatilham diversos mecanismos de resposta, equilibrando o desbalanço das trocas
gasosas de modo a favorecer o ajustamento osmótico apresentam habilidades que
impedem, por meio de regulação, que excessivas quantidades de sais cheguem ao
protoplasma, tolerando assim os efeitos tóxicos e osmóticos decorrentes. O conhecimento
de fontes de resistência às condições desfavoráveis, são importantes para utilização nos
programas de melhoramento genético da cultura. Nesse sentido o presente trabalho
objetivou-se em avaliar um grupo de cultivares comerciais de algodoeiro quanto aos
aspectos químico e fisiológico, visando identificar a tolerância ao estresse salino severo
com base em descritores, fisiológicos, enzimáticos e polifenóis. Onze cultivares
comerciais de algodão adaptadas aos ambientes Cerrado (savana) e semiárido foram
cultivadas em casa de vegetação, em Campina Grande. Os seguintes tratamentos foram
diferenciados quando as plantas estavam no estádio B1 (aparecimento do 1º botão floral):
Controle e Estresse- representado por regas com água normal (0,3 dS m-1
) e salina (10 dS
m-1
), durante 34 dias. A solução salina (NaCl) foi preparada seguindo a relação entre a
condutividade elétrica da água (CEa) e as concentrações de sal (10*meq L-1 = 1 dS m-1
CEa). O delineamento foi em blocos ao acaso, com três repetições. Acompanhou-se o
crescimento das plantas e avaliou-se as trocas gasosas com o auxílio do IRGA (Analizador
de gás infravermelho), fluorescência da clorofila a com o auxílio de um aparelho
fluorômetro modulado por pulso (OS5p - Opti Science), atividade das enzimas
antioxidativas e prolina livre, realizadas a partir de extratos brutos de proteína total (25%)
que foram extraídos de folhas jovens usando tampão fosfato monobásico (100 mM) e
EDTA (0,1 mM), pH 7,0 e quantificado a 595 nm. A determinação de polifenóis, realizado
de acordo com o método espectrofotométrico de FolinCiocalteau conforme descrito na
literatura, e a capacidade de sequestro do radical peroxil onde a reação foi realizada a 37
°C e o decaimento de fluorescência foi medido a cada minuto por 2 h a 485/528 nm. A
salinidade impactou o crescimento das plantas, refletindo nos dados de trocas gasosas e
prolina livre na maioria das cultivares, porém, BRS 286, FMT 705, BRS 416 e BRS
Acácia e CNPA 7MH exibiram a capacidade de superar o efeito do estresse e ajustar
osmoticamente, portanto minimizando os danos ao crescimento. Foi observado que as
cultivares BRS Acácia e FMT 701 ativaram adequadamente a maquinaria de enzimas
antioxidantes, a fim de favorecer seu processo de defesa durante o período de estresse
salino. No aspecto de fluorescência, ambas reduziram a fluorescência inicial, indicando
melhor eficiência nos processos de fotossíntese. BRS Acácia, no entanto, superou em
ajuste osmótico, com base na prolina total que chegou a 40% em plantas estressadas. Com
esse ajuste, as plantas sofreram menos com o impacto do estresse salino, demonstrado
pelo menor desgaste celular para produção de polifenóis durante o estresse severo. Em
relação à eliminação do radical peroxil, verificou-se que BRS Acácia e FMT 701
sequestraram 20% e 40%, respectivamente, indicando que este último obteve menor
atividade antioxidantante.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - PEDRO DANTAS FERNANDES
Interno - 337908 - RISELANE DE LUCENA ALCANTARA BRUNO
Presidente - 174.693.334-87 - ROSEANE CAVALCANTI DOS SANTOS - EMBRAPA
Interno - 338246 - SILVANDA DE MELO SILVA