PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (PPGCI)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: DENISE BRAGA SAMPAIO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DENISE BRAGA SAMPAIO
DATA: 30/11/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Sala virtual no Google Meet
TÍTULO: A Memória, A Informação e o Silêncio da Lesbianidade no Serviço Nacional de Informação, nas Décadas de 1970 a 1980
PALAVRAS-CHAVES: Informação e Memória. Lésbicas – Ditadura Militar. Comunidade LGBTQIA+. Informação Gênero-diversidade.
PÁGINAS: 166
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Ciência da Informação
SUBÁREA: Teoria da Informação
RESUMO: Apresenta o quadro de memória e informação da comunidade LGBTQIA+ na Ditadura Militar, gestada entre os anos de 1965 e 1985. Os problemas de pesquisa são: como opera o dispositivo da sexualidade à época da Ditadura Militar? Em segunda instância, como este incide na constituição de memórias e apagamentos para a comunidade LGBTQIA+, especificamente, para lésbicas? Por fim, como a informação é usada para tal empreendimento? Parte-se da inferência de que há apagamentos e silêncios que os discursos institucionais e sociais impetram sobre tal comunidade e que tais apagamentos e silêncios ajudam a constituir uma matriz fóbica própria da Ditadura Militar, que tem como base a informação. A hipótese é a de que a Ditadura Militar se constituiu de mecanismos informacionais próprios, promotores do apagamento e silêncio de mulheres lésbicas, em suas vivências e memórias, havendo um papel fundamental da informação como interferente na construção do dispositivo da sexualidade. O objetivo geral é analisar as dinâmicas informacionais e de memórias LGBTQIA+ a partir dos documentos recuperados na plataforma Memórias Reveladas, especificamente no Fundo do Sistema Nacional de Informação (SNI). Tal objetivo foi operacionalizado pela pesquisa documental, na plataforma Memórias Reveladas e pelo uso da Análise de Discurso foucaultiana. Os resultados corroboraram com a hipótese apresentadas, mostrando que há, no processo de trocas informacionais e memoriais da Ditadura Militar, apagamentos, silenciamentos de lésbicas e sua associação a termos que valoram negativamente tais mulheres. O levantamento mostra que há uma diferenciação na natureza dos documentos e em seu teor. Os anos 1970 são caracterizados por uma documentação voltada a demarcar a lesbianidade como agravante na conduta cidadã das mulheres implicadas, enquanto os anos 1980 revelam a ascensão do movimento lésbico, produzindo informações voltadas a seu empoderamento, que eram coletadas e observadas pelo SNI. Em comum, ambas as décadas têm a preocupação de observar e censurar as expressões lésbicas, o que revela um processo de silenciamento, apagamento e censura em curso. Conclui-se que a informação amalgama o dispositivo da sexualidade, a partir da sua oferta ou apagamento, da enunciação de determinados discursos, e impedimento (silenciamento) de outros. Que tal informação é refletida em memórias hegemônicas, por vezes, institucionalizadas, na forma de censura e em memórias subterrâneas, como aporte formador de resistência e, por fim, que a violência informacional, que se caracteriza incidentemente e intencionalmente conjugam os limites desta informação e, consequentemente, de discursos de resistência e das próprias memórias subterrâneas
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3116047 - IZABEL FRANCA DE LIMA
Interno - 1732392 - HENRY PONCIO CRUZ DE OLIVEIRA
Interno - 3116045 - BERNARDINA MARIA JUVENAL FREIRE DE OLIVEIRA
Interno - 1815427 - GISELE ROCHA CORTES
Externo ao Programa - 1287701 - ADRIANO AZEVEDO GOMES DE LEON
Externo ao Programa - 3319360 - MARIA DA LUZ OLEGARIO
Externo à Instituição - RENAN HONÓRIO QUINALHA
Externo à Instituição - GEORGETE MEDLEG RODRIGUES