PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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3216-7797
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Banca de QUALIFICAÇÃO: PÂMELA LOPES PEDRO DA SILVA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PÂMELA LOPES PEDRO DA SILVA
DATA: 03/11/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: Tratamento da Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial no Âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS)
PALAVRAS-CHAVES: Transtornos da Articulação Temporomandibular; Dor facial; Sistema Único
de Saúde; Custos e Análise de Custo; Tratamento.
PÁGINAS: 90
RESUMO: A Disfunção Temporomandibular (DTM) é um grupo de condições dolorosas que afetam
principalmente a articulação temporomandibular e/ou os músculos da mastigação, sendo
considerada a causa mais comum de dor orofacial (DOF) de origem não odontogênica.
Apresenta etiologia multifatorial, preconizando-se um correto diagnóstico e o uso de
tratamentos mais conservadores. Diante da demanda de pacientes com esta disfunção que
buscam atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e podem não ter acesso ao
tratamento adequado, esta pesquisa teve como objetivo analisar a oferta de tratamento
para DTM e DOF na rede SUS. Para tanto foram aplicados questionários eletrônicos a
gestores municipais em saúde bucal em todo território brasileiro (n=96) para conhecer as
condutas clínicas aplicadas a pacientes com DTM e DOF nos níveis de Atenção Primária
(AP) e Secundária (AS). Também foram aplicados questionários eletrônicos a cirurgiõesdentistas (CDs) que atuam na AP (n=367) para avaliar seu conhecimento sobre etiologia,
diagnóstico e tratamento desta disfunção, além da disponibilidade de serviços para
encaminhamentos dos pacientes. Além disso, foi realizada uma avaliação econômica
parcial em saúde, através da análise dos custos clínicos e laboratoriais da confecção de
placas oclusais nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) sob a perspectiva do
SUS. Esta pesquisa foi aprovada pelo CEP/CCS/UFPB sob CAAE 52348421.5.0000.5188.
Os dados obtidos foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva e
inferencial utilizando-se nível de significância de 5% (p <0,05). Houve representantes de
todas as regiões geográficas do Brasil, mas a maior parte foi da região Sul (gestores -
37,5%; CDs - 45,9%). A maioria dos gestores informou que tanto na AP (n=82; 85,5%),
quanto na AS (n=68; 70,5%) não é realizado tratamento de pacientes com DTM. Ademais,
a maioria afirmou não haver protocolos específicos nem cursos de capacitação de
profissionais para atendimento destes pacientes. A maioria dos CDs informou que não
realiza tratamento de pacientes com DTM em sua UBS (n=206; 56,3%), nem conhece
serviços públicos em seu município para encaminhamento (n=267; 70%), e julgou
necessária a implantação de serviços especializados para esse tipo de atendimento no
SUS (n=358; 97,8). No geral, a mediana de acertos dos CDs para o domínio Etiologia foi de
5,0 afirmativas ± 2 (56%); 2 afirmativas ± 1 para diagnóstico (40%); 5,0 afirmativas ± 2 para
dor crônica (71%); 7,0 afirmativas ± para tratamento (54%). Para todos os domínios, os
especialistas em DTM e DOF concordaram com a literatura em maior número de questões,
havendo diferença estatisticamente significativa entre eles e os demais CDs. Não houve
diferença estatisticamente significativa entre as regiões geográficas e tempo de formação.
O custo final para confecção da placa oclusal, incluindo-se uma sessão de retorno para
ajustes foi de R$ 61,60. Desse valor, foi subtraído o percentual repassado pelo Ministério
da Saúde aos municípios. Considerando-se uma análise de sensibilidade de 25%, pode
haver uma variação de para o melhor e pior cenário, respectivamente de R$ 46,20 e R$
77,00. Conclui-se que, sob a perspectiva dos gestores em saúde bucal do SUS, há falhas
na rede de cuidados ao paciente com DTM e DOF, com déficit na oferta de serviços tanto
na atenção básica quanto secundária. Os CDs da AP demonstraram conhecimento limitado
sobre esta disfunção e dificuldades no encaminhamento de pacientes. O custo da
confecção de uma placa oclusal foi de R$ 61,60, sendo de grande valia para os gestores na
tomada de decisão quanto à alocação dos recursos para os cuidados em saúde. Espera-se
contribuir com a reorganização dos serviços de saúde bucal, permitindo acesso e
tratamento de forma integral a estes pacientes com o menor impacto econômico
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA ISABELLA ARRUDA MEIRA RIBEIRO
Presidente - 2380400 - FRANKLIN DELANO SOARES FORTE
Externo à Instituição - PATRÍCIA DOS SANTOS CALDERON