PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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3216-7797
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Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIANA RAMALHO GUIMARÃES
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA RAMALHO GUIMARÃES
DATA: 23/02/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: MARCADORES GENÉTICOS E EPIGENÉTICOS NA MUCOSITE
ORAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS
PALAVRAS-CHAVES: Epigenética; Metilação de DNA; DNA Metiltransferase; mucosa
oral; crianças.
PÁGINAS: 103
RESUMO: A mucosite oral (MO) é um efeito colateral da terapia
antineoplásica, comum em crianças e adolescentes.
Manifesta-se como lesões eritematosas ou ulceradas e
dolorosas na cavidade oral, podendo causar interrupção do
tratamento pelo risco de sepse. A ocorrência da MO pode
estar relacionada à fatores individuais de cadapaciente como
sexo, idade, condições hematológicas e também
características genéticas. A epigenética é o estudo de
alterações químicas do DNA, não relacionadas a mudanças
na sequência de nucleotídeos, que modificam a expressão
gênica. A metilação do DNA é a marca epigenética mais
estudada e vem sendo relacionada a doenças inflamatórias
orais, como a periodontite. Porém, a literatura ainda é escassa na investigação da relação entre a metilação de
DNA e a MO. O objetivo deste estudo foi investigar a
associação de marcadores epigenéticos e genéticos com a
mucosite oral em pacientes pediátricos com neoplasias
hematológicas tratados com MTX®. Primeiramente, foi
realizada uma revisão da literatura acerca dos marcadores
genéticos e epigenéticos já abordados no contexto da
mucosite oral quimioinduzida em pacientes pediátricos com
neoplasias hematológicas. Após, foi realizado estudo
experimental onde amostras de mucosa oral de indivíduos
saudáveis e oncopediátricos foram coletadas, DNA
genômico foi extraído para análise de 07 polimorfismos nos
genes MTHFR, DNMT1, DNMT3A e DNMT3B, bem como
análise de metilação global e análise demetilação em sítios
específicos nos genes miR-9- 1 e miR-9-3. Observou-se
redução no perfil de metilação global em pacientes do grupo
pós MO (18%) em relação a crianças saudáveis (40%);
crianças em quimioterapia que não tiveram MO (33%) e
crianças em quimioterapia com MO (34%); essa diferença
foi estatisticamente significante. O grupo de crianças
saudáveis apresentou maior frequência do perfil metilado
para miR-9-1, sendo essa diferença estatisticamente
significante quando comparado ao grupo de crianças com
câncer (p=0,002), em que o perfil não-metilado foi o
predominante. Já a análise de miR-9-3 mostrou diferença
para as crianças saudáveis, em que predominou o perfil
metilado e para as crianças com câncer sem MO que
apresentaram maioria o perfil não metilado (p=0,025). Na
análise de polimorfismos, crianças que desenvolveram MO,
portadoras do genótipo AA/AG, no SNP DNMT1 rs2228611,
apresentaram menores níveis de metilação global em relação a portadores do genótipo GG (p = 0,02). O padrão
de metilação global em pacientes oncopediátricos com
histórico de MO, demonstrou diferença entre crianças
saudáveis e indivíduos que apresentavam a MO durante a
avaliação e coleta, sugerindo que após a ocorrência do
desfecho analisado, o perfil de metilação pode ser alterado.
Embora essa mudança não possa ser observada no
momento em que o paciente apresenta a MO, o perfil de
metilação de indivíduos que tiveram MO durante o
tratamento mostrou-se diferente dos demais grupos. O SNP
rs2228611 do gene DNMT1 pode ser um potencial
biomarcador para hipometilação em indivíduos com genótipo
AA/AG.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSÉ MARIA CHAGAS VIANA FILHO
Externo à Instituição - MARIA CRISTINA LEME GODOY DOS SANTOS
Presidente - 1089793 - SABRINA GARCIA DE AQUINO