PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE (PRODEMA - MEST)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: MARIA CLARA RODRIGUES DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CLARA RODRIGUES DE LIMA
DATA: 29/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/ijv-ckga-vdu
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE METÓDO VOLTAMÉTRICO PARA DETERMINAÇÃO DE CARBENDAZIM EM ÁGUAS DE RIO E ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL
PALAVRAS-CHAVES: Água, Carbendazim, Voltametria, Eletrodo de Pasta de carbono, Viabilidade econômica.
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: Estudos científicos pelo mundo vêm sendo desenvolvidos para reduzir e prevenir a poluição de corpos hídricos e proporcionar um aumento na eficiência dos monitoramentos de contaminantes nessas águas. Os pesticidas têm despertado atenção de pesquisadores sob variados aspectos, como o controle dos níveis de contaminação em níveis traço desses compostos em diferentes matrizes ambientais. O desenvolvimento de metodologias analíticas capazes de identificar e quantificar esses compostos, nesta ordem, tem se mostrado relevante devido à sua natureza tóxica, carcinogênica e mutagênica. Nesse sentido, a voltametria ganha espaço pela sua alta sensibilidade, alta seletividade, versatilidade, praticidade e seu baixo custo. Nesse estudo, objetiva-se o desenvolvimento de um método voltamétrico para detecção e determinação do pesticida Carbendazim (CAR), bem como estudar a viabilidade econômica para aplicá-lo como método de análise pelos órgãos ambientais do Estado da Paraíba. O CAR (97,0%) e todos os demais reagentes utilizados foram adquiridos da Sigma-Aldrich. As soluções aquosas foram preparadas com água deionizada e as soluções estoque de CAR (1 x 10-2 mol L-1) foram preparadas em ácido sulfúrico 0,1 mol L-1, com diluições posteriores realizadas conforme o interesse de análise. As medições voltamétricas foram realizadas em uma célula eletroquímica equipada com três eletrodos, a saber: pasta de carbono (EPC, eletrodo de trabalho de confecção própria nas proporções de pó de grafite (75%) e óleo mineral (25%), com contato elétrico através de uma haste de cobre), Ag/AgCl (eletrodo de referência) e um fio de platina (eletrodo auxiliar). A eletroatividade do CAR foi investigada a partir de experimentos de VC usando uma velocidade de varredura (v) de 100 mV s–1. Para VPD, utilizou-se uma amplitude de pulso (a) de 25 mV, um tempo de modulação (tm) de 70 ms, um incremento de potencial (∆Es) de 2 mV e uma v de 5 mV s-1. A otimização dos parâmetros do método de determinação foi realizada por planejamento fatorial completo 23, as variáveis envolvidas foram tm, a e v. Aplicações reais foram realizadas mediante análises de amostras de águas de rio e potável. A precisão do método foi avaliada em termos de repetibilidade e reprodutibilidade e valores aceitáveis de rsd abaixo de 5% foram encontrados (solução CAR 5,5 × 10-6 mol L–1). A faixa linear dinâmica obtida foi de 9,9 × 10-7 a 4,5 × 10-5 mol L-1, com limite de detecção (LD) de 3,9 × 10-7 mol L-1 (74, 9 µg L-1), calculado a partir do desvio padrão de 13 medidas de brancos e o coeficiente angular da curva analítica. A técnica desenvolvida foi avaliada em detrimento da sua viabilidade econômica, técnica e ambiental, mostrando-se promissora em todos estes aspectos. A viabilidade econômica foi analisada com base no modelo de fluxo de caixa, com o auxílio das ferramentas de Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Relação Custo Benefício e o Período de Payback Descontado. Os resultados obtidos foram extremamente animadores, com uma VPL positiva de R$ 228.087,59 no primeiro ano de implantação do método, além de um período de payback descontado igual a 10 meses e 18 dias e uma TIR no primeiro ano de 1193,02%. Tais resultados presumem que o método além de viável, pode ser lucrativo, contribuindo com a economia do dinheiro público em R$ 5.540.631,20 em um período de 20 anos. Além disso, a técnica voltamétrica promove em 20 anos uma redução no consumo de H2SO4 (99,84%), NaOH (99,77%) e CAR (85,00%), respectivamente. Além disso, estima-se, nesses 20 anos, a extinção do uso de solventes orgânicos usados em técnicas cromatográficas (exemplo: cloreto de metileno, acetona, metanol e hexano), com redução equivalente a 4.231,72 litros.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2054462 - WILLIAME FARIAS RIBEIRO
Interno - 2335304 - MARIA CRISTINA BASILIO CRISPIM DA SILVA
Externo à Instituição - ANABEL SANTOS LOURENÇO