PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE (PRODEMA - MEST)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: RHAYANY JUVENCIO COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RHAYANY JUVENCIO COSTA
DATA: 31/05/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do PRODEMA
TÍTULO: IMPACTOS AMBIENTAIS DO TURISMO/LAZER NO RECIFE DE AREIA VERMELHA: A METODOLOGIA DE LIMITES DE MUDANÇAS ACEITÁVEIS
PALAVRAS-CHAVES: Areia Vermelha; Limites de Mudanças Aceitáveis; Bioindicação em algas; Percepção Ambiental; Planejamento Turístico.
PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO: Os ambientes recifais constituem ecossistemas dotados de expressiva diversidade que fornecem uma gama de bens e servicos socio­ambientais, dentre eles, o uso turistico e recreativo. A pratica do turismo nao ordenado sobre ambientes frageis e vulneraveis como os recifes pode comprometer a qualidade ambiental desses ecossistemas tornando necessaria a adocao de estrategias de planejamento turistico baseada em principios de sustentabilidade. A metodologia de Limites de Mudancas Aceitaveis – LAC e uma ferramenta de manejo, na qual determina­se, em funcao de indicadores selecionados, o quanto o ambiente suporta de alteracoes para que acoes de manejo adequadas sejam sugeridas e implantadas para alcancar ou manter as condicoes almejadas. O Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha – PEMAV, localizado no municipio de Cabedelo, PB, e uma Unidade de Conservacao de protecao integral constituida por um banco de areia denominado “Areia Vermelha” margeado por formacoes recifais de origem arenitica e piscinas naturais onde tem­se visitacao turistica durante a mare baixa. Junto com o PEMAV os recifes de Picaozinho e Seixas possuem sugestoes de Capacidade de Carga Turistica como proposta de manejo. Este estudo tem como objetivos: Diagnosticar a atividade turistica no PEMAV e analisar a percepcao ambiental dos usuarios; Propor o uso da bioindicacao atraves das macroalgas para avaliar o nivel de disturbio ambiental na area em estudo; Identificar Limites de Mudancas Aceitaveis para a atividade turistica/lazer (LAC) em funcao dos indicadores selecionados; Propor medidas de ordenamento e gestao para atividade turistica/lazer no ambiente recifal estudado e Rediscutir a eficiencia das propostas de Capacidade de Carga Turistica definidas para recifes de Picaozinho, Seixas e Areia Vermelha. Os processos metodologicos envolveram levantamento bibliografico e visitas a campo realizadas durante a mare baixa no periodo de dezembro de 2014 a janeiro de 2016. Para caracterizacao das intervencoes antropicas na area foram utilizados os procedimentos de avaliacao adotados por Costa et al., (2007), associando o VAI (Valor Arbitrario dos Impactos) e o PI (VAI x Pesos atribuidos a cada impacto). Para o processo de identificacao das atividades por lugares de visitacao prioritarios para implementacao de acoes de manejo foi empregada a metodologia de Manejo de Impactos de Visitacao (BRASIL, 2011). No que se refere a caracterizacao do usuario e da percepcao destes foram aplicados 100 questionarios estruturados via meio eletronico. Para amostrar a riqueza da comunidade de macroalgas marinhas do parque foram selecionadas tres areas de estudo com caracteristicas ambientais similares (Recifes de Areia vermelha I e Recifes de Areia vermelha II) e submetidos a diferentes usos turisticos. A coleta de material biologico in situ foi realizada utilizando quadrado de PVC, medindo 30cm x 30cm. Para estabelecer o limites aceitavel de mudanca identificou­se a media de riqueza nas tres areas em estudo para que valor de riqueza na area menos afetada pela atividade turistica fosse identificado. As especies "raras" com baixa frequencia (abaixo de 5%) foram excluidas de maneira a formular um indice de tolerancia que leve em consideracao apenas as especies mais frequentes e nao aquelas que ocorrem raramente. Foram reconhecidos as seguintes intervencoes antropicas expressivas: (1) Poluicao por residuos solidos; (2) Alteracao da paisagem cenica pelo elevado numero de embarcacoes; (3) Alteracao da paisagem cenica pelo elevado numero de mesas/sombrinhas e (4) pisoteio. Referente a percepcao dos usuarios os principais impactos ambientais oriundos da atividade turistica/lazer foram: (1) Lancamento de lixo; (2) Pisoteio sobre o plato recifal; (3) Elevado numero de usuarios e (4) a Ancoragem inadequada. O limite minimo de riqueza aceitavel proposto para o PEMAV e de 15,7 especies de macroalgas e representa um valor levantado a partir de uma area “controle” (Areia Dourada) com caracteristicas similares as areas com atividade turistica. Os dados da pesquisa indicaram que a area “controle” nao apresentou diferencas significativas de riqueza em relacao as areas com influencia da atividade turistica (Recifes de Areia vermelha I e Recifes de Areia vermelha II). E possivel que o descritor riqueza nao seja uma variavel eficaz para analisar o pisoteio em tal situacao e o emprego de variaveis como biomassa e cobertura sejam mais indicadas para avaliar grau de disturbio ambiental. A analise dos estudos de capacidade de carga para os recifes costeiros da Paraiba apontou que a metodologia em questao e dotada de grande subjetividade comprometendo os resultados esperados e esta pode ser reduzida a partir da definicao de indicadores biologicos sensiveis.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338128 - GEORGE EMMANUEL CAVALCANTI DE MIRANDA
Interno - 692.110.434-68 - GIL DUTRA FURTADO - UFPB
Externo à Instituição - SIMONE PORFIRIO DE SOUZA