PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: THIAGO DE OLIVEIRA MEDEIROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIAGO DE OLIVEIRA MEDEIROS
DATA: 27/07/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 506
TÍTULO: Nietzsche: um riso filosófico para além do bem e do mal
PALAVRAS-CHAVES: Moral; Riso; Transvaloração; Vontade de Poder; Ressentimento; Trágico
PÁGINAS: 97
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO: A seriedade deste trabalho se encontra justamente em apresentar a critica de Nietzsche a moral pelo vies da leveza, do riso, do jogo e do bom humor. Trata-se aqui de mostrar que o ataque de Nietzsche a moral da compaixao, nao se origina a partir de afetos vingativos, rancorosos e ressentidos. A transvaloracao de todos os valores almejada pelo filosofo deve passar necessariamente por uma gargalhada profunda e impiedosa contra todos os artigos de fe fabricados por uma moral que passou a dar as cartas do jogo nos mais diversos dominios da civilizacao. A partir da sabedoria tragica de Zaratustra, Nietzsche aprendeu que a melhor maneira de fazer frente a desertificacao provocado pelo niilismo e toda forma de vinganca contra a vida, nao era atraves da ira, mas sobretudo, pelo riso. Esse riso, que chamamos de filosofico e que se destina para alem do bem e do mal, nao deve ser confundido com o riso, como fenomeno puramente biologico, proprio do homem. E preciso dizer que esse riso so pode ser experimentado por aqueles que possuem a coragem e a forca necessaria para dancar sobre as bordas do abismo e que acolhem alegremente a vontade de poder como principio fundamental da vida. O homem fraco desconhece totalmente esse riso, porque nao consegue ver graca em um mundo destituido de sentido e finalidade. Para conseguir rir para alem da moral, o homem precisa pagar o preco de lancar-se no indeterminado e cultivar a disciplina da escuta e da abertura para conviver amorosamente com o caos e o tragico com o parte inerente da vida. O riso filosofico de Nietzsche, e o riso dionisiaco, que nao conhece limites, que nao pretende corrigir a vida, nem comporta sobre si qualquer especie de nojo contra a existencia. Em suma, o riso para alem do bem e do mal, tem como funcao, restituir as potencias criativas que foram comprometidas pelo processo de moralizacao vivido pelo bicho-homem. Por meio desse riso o homem tem a chance de reconciliar-se com a parte mal-dita da vida, com as dimensoes historicamente amaldicoadas por uma moral destituida de humor e alegria.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 337220 - MIGUEL ANTONIO DO NASCIMENTO
Presidente - 1354361 - ROBSON COSTA CORDEIRO
Externo à Instituição - Thalles Azevedo de Araújo