PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
No Informado

Noticias


Banca de DEFESA: THIAGO LIRA ALVES AGOSTINHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIAGO LIRA ALVES AGOSTINHO
DATA: 23/01/2017
HORA: 14:30
LOCAL: sala 402 (multimídia cchla)
TÍTULO: O problema da dominação na filosofia da práxis de Antonio Gramsci
PALAVRAS-CHAVES: dominação, hegemonia, ideologia
PÁGINAS: 149
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Ética
RESUMO: Este trabalho tem por intento investigar uma fundamentacao possivel para o problema da dominacao em Antonio Gramsci a partir da nocao de hegemonia. O legado de Gramsci e reconhecido no pensamento ocidental por enfrentar o problema da dominacao dedicando especial atencao a politica em seu constructo, explicando como a dominacao ocorre politicamente sem desloca-la do ambito economico. Enquanto critico do capitalismo e do fascismo, o autor se propoe a delinear uma alternativa de contra-hegemonia atraves de um estudo sobre o Estado moderno e as possibilidades de uma “revolucao dos subalternos”. Considerando que varios autores, da filosofia antiga a modernidade, trataram de estabelecer uma concepcao acerca da vida social segundo uma ideia de justica e de como ela se configura pelo Estado, o presente trabalho analisa o Estado segundo a otica dos antigos (Platao e Aristoteles), de como o poder se exerce dum ponto de vista transcendente ate a modernidade, na tradicao imanente inaugurada por Maquiavel que ficou reconhecida como “realismo politico”. Com a revolucao burguesa, o Estado se define segundo os parametros da representacao e do sufragio universal, o que implica na aparicao do conceito de cidadania. Tracamos uma rememoracao destes conceitos, cujas nuances se apresentam nas tradicoes jusnaturalista e marxista, definindo as variadas leituras da politica. Assim, sao abordados especialmente alguns autores – Maquiavel, Lenin e Marx – cuja importancia historica e primordial ao pensamento gramsciano. O projeto de uma revolucao comunista em Gramsci inclui compreender as relacoes de dominacao capitalista a luz de uma revolucao triunfante na epoca, isto e, o modelo de insurgencia ocorrido na Russia em 1917. O diferencial e que o ocidente nao atende as mesmas “condicoes de possibilidade” como naquele pais, e esta leitura caracteriza Gramsci como pensador marxista ortodoxo ou heterodoxo. Neste empreendimento, para que possa ocorrer uma revolucao exitosa dada as dificuldades do mundo ocidental, e fundamental a participacao de varios setores da sociedade civil, desde os intelectuais aos partidos politicos, com vistas a derrubar o Estado burgues em suas ramificacoes. O conceito de revolucao, para Gramsci, nao consiste na mera reducao a violencia armada pura e simples, mas vigora juntamente com uma radical reforma moral e intelectual da sociedade. Por fim, como um adendo, analisamos as viabilidades e vicissitudes da proposta gramsciana do problema da dominacao. Tendo elucidado este conceito, tracamos uma exposicao sobre a ideologia vigente – o neoliberalismo, segundo as categorias gramscianas de poder, ideologia, Estado e sociedade civil. Nao poderiamos deixar de fazer mencao a questao do partido politico, em como Gramsci pensava este organismo, bastante diverso em nosso tempo. Vamos analisar de modo sucinto como os partidos atualmente sao destituidos duma ideologia definida, dedicados integralmente a obterem o poder nas republicas parlamentares. Vale salientar que os escritos de Gramsci nao possuem uma definicao acabada da ideia de “dominacao”: seu grandioso escopo e dividido em seu periodo juvenil – de militante e parlamentar que atuava no Partido Comunista Italiano – ate seu encarceramento e producao intelectual adversa dos Cadernos do carcere, em que se encontra suas grande contribuicao teorica de fato.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 332380 - ANTONIO RUFINO VIEIRA