PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA (PPGP)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: Rafaella de Carvalho Rodrigues Araújo

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: Rafaella de Carvalho Rodrigues Araújo
DATA: 21/03/2013
HORA: 08:00
LOCAL: UFPB/CCHL/Auditório 412
TÍTULO: AS BASES GENÉTICAS DA PERSONALIDADE, DOS VALORES HUMANOS E DA PREOCUPAÇÃO COM A HONRA
PALAVRAS-CHAVES: Bases genéticas, honra, valores humanos, personalidade.
PÁGINAS: 186
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Papéis e Estruturas Sociais; Indivíduo
RESUMO:

Quando estimamos os efeitos da influência dos fatores ambientais e genéticos
nos seres humanos, buscamos compreender até que ponto a diferença de cada pessoa,
em relação a seus comportamentos, pode ser atribuída a cada um destes fatores, isolada
e conjuntamente. Os estudiosos não só da psicologia social já estão atentos a como a
genética pode vir a influenciar o comportamento humano, o que pode ser verificado por
meio da literatura, onde já se atribui às bases biológicas uma porcentagem significativa
das causas e predisposições do comportamento. Deste modo, partindo de uma pesquisa
ex post facto, a presente dissertação tem como principal objetivo verificar as bases
genéticas da preocupação com a honra, dos valores humanos e da personalidade,
avaliando a influência da hereditariedade genética sobre cada um destes construtos.
Acredita-se que a honra, por ter aspectos culturais mais enraizados, apresente menor
influência advinda da genética, sendo a personalidade o construto que apresentará maior
influência da mesma, por esta ser constituída inerentemente por fatores mais biológicos
do que sociais. Os valores humanos, por sua vez, se situariam em um intermédio.
Assim, nesta dissertação, é utilizada a Teoria Funcionalista dos Valores, por meio do
Questionário de valores básicos, bem como a Escala de preocupação com a honra e o
Inventário dos cinco grandes fatores da personalidade para mensurar honra e
personalidade, respectivamente, além de um questionário sociodemográfico. Para a
realização do presente estudo, contou-se com a participação de 115 pares de gêmeos,
sendo 77 monozigóticos (67%) e 38 dizigóticos (33%), totalizando uma amostra de 230
pessoas. Dentre os monozigóticos, a maioria foi do sexo feminino (78%), com idade
média de 24,4 (DP = 6,85). Nos dizigóticos, a maioria também declarou ser do sexo
feminino (71,1%), com idade média de 21,9 (DP = 4,31). Os resultados foram divididos
em três seções. Na primeira, foram examinadas médias e correlações entre os pares de
gêmeos, acerca de cada um dos fatores das escalas utilizadas. Foi observado que, salvo
as correlações de honra social (r = 0,26; p < 0,05), honra feminina (r = 0,51; p < 0,001)
e da subfunção normativa (r = 0,52; p < 0,001), tanto nas médias como correlações
entre zigoticidade e construto, os monozigóticos apresentaram-se com comportamentos
mais similares do que os dizigóticos. Em seguida, foram calculadas estimativas de
hereditariedade do comportamento, observando-se que a menor média foi de honra (M
= 0,24; DP = 0,44), seguida dos valores humanos (M = 0,56; DP = 0,23) e
personalidade (M = 0,63; DP = 0,19). Por fim, por meio de modelagens por equações
estruturais, foram testados os índices de ajuste (qui-quadrado, AIC e RMSEA) dos
modelos de hereditariedade. Os resultados demonstraram confirmação do modelo para
todos os tipos da honra, para as subfunções valorativas de experimentação, existência e
interativa e para os traços de personalidade de neuroticismo, abertura à mudança e
amabilidade. Além disso, confirmou-se parcialmente a hierarquia de importância da
hereditariedade dos genes entre os três construtos estudados [honra (M = 0,18; DP =
0,19), valores (M = 0,39; DP = 0,08) e personalidade (M = 0,39; DP = 0,62)]. Deste
modo, pode-se verificar que todos os construtos apresentam alguma influência genética.
Ademais, como era esperado, comprovou-se a hierarquia das bases biológicas entre
eles, além de ficar evidenciada a maior semelhança entre os gêmeos monozigóticos, já
que os resultados encontrados em relação a estes foram significativamente superiores
àqueles apresentados pelos dizigóticos, apontando para uma efetiva base genética do
comportamento humano.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JORGE ARTUR P DE M COELHO - UFAL
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo à Instituição - TACIANO LEMOS MILFONT - NENHUMA
Presidente - 338234 - VALDINEY VELOSO GOUVEIA