PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA (PPGM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: RUDÁ BARRETO VIEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RUDÁ BARRETO VIEIRA
DATA: 26/07/2023
HORA: 09:00
LOCAL: VÍDEO CONFERÊNCIA
TÍTULO: Distonia Focal em violonistas: uma rotina de excessos
PALAVRAS-CHAVES: Distonia focal do músico. Formação do violonista. Saúde do músico.
PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
SUBÁREA: Música
RESUMO: O presente trabalho se propõe a discutir a distonia focal e a sua relação com a prática instrumental a partir de um quadro de ocorrência desta condição em três violonistas que concluíram seu processo de formação superior. O trabalho é resultante de uma pesquisa qualitativa que, apoiando-se em um estudo de caso múltiplo, buscou alcançar um entendimento aprofundado de uma situação delimitada e dos significados para os envolvidos. Como instrumento de coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas a fim de compreender as trajetórias e contextos formativos dos indivíduos analisando-as como pertencentes a uma rede de significados e conjunturas às quais estes discentes estão inseridos. Para o processo de análise, tomamos como principal referencial teórico os escritos de Joaquín Farias e Ruth Chiles, pesquisadores que trazem em seus estudos, perspectivas que vão além da prática instrumental, compreendendo que a distonia focal não é um resultado único dos excessos técnicos e mecânicos frente ao instrumento. A partir dos resultados alcançados, fica evidente que o surgimento da distonia focal está intrinsecamente ligado a uma complexa conjuntura social e cultural que permeia as estruturas curriculares e, consequentemente, influencia o processo de ensino e aprendizagem do instrumento. Essa conjuntura engloba fatores como pressões competitivas do mercado de trabalho, paradigmas arraigados na concepção de excelência e virtuosismo, falta de consciência corporal, ausência de discussões sobre saúde ocupacional e bem-estar do músico, entre outros elementos. Essas influências negativas podem levar a uma prática descuidada que desconsidera os limites físicos e mentais, contribuindo para o surgimento da distonia focal. Portanto, aponta-se para a necessidade de se repensar e reformular esse modelo, buscando uma abordagem mais inclusiva, saudável e abrangente para valorizar o desenvolvimento integral dos estudantes de música. Diante disso, este estudo oferece uma base sólida para futuras pesquisas no campo da saúde e educação musical, evidenciando a importância de investigar as interações entre o corpo, a prática musical e o contexto sociocultural, visto que a compreensão aprofundada da distonia focal enquanto uma manifestação multidimensional possibilita a formulação de abordagens preventivas e terapêuticas mais abrangentes e eficazes.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1812371 - FABIO HENRIQUE GOMES RIBEIRO
Interno - 1448872 - LUIS RICARDO SILVA QUEIROZ
Externo à Instituição - PABLO PEREZ DONOSO