PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE (PPGMDS)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: NYELLISONN NANDO NÓBREGA DE LUCENA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NYELLISONN NANDO NÓBREGA DE LUCENA
DATA: 24/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/yvt-gxxs-jof
TÍTULO: TENDÊNCIAS TEMPORAIS DO CÂNCER INFANTOJUVENIL E FATORES ASSOCIADOS AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO: ANÁLISE A PARTIR DOS REGISTROS HOSPITALARES DE CÂNCER NO BRASIL, 2000-2018
PALAVRAS-CHAVES: Criança. Adolescente. Câncer. Epidemiologia. Registro Hospitalar. Regressão Logística. Jointpoint.
PÁGINAS: 149
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO: O câncer e seu monitoramento devem ser considerados como prioridade em todos os países, independentemente de sua situação de desenvolvimento. No Brasil, o monitoramento dos casos se dá pelas informações sistematizadas de morbimortalidade disponibilizadas pelos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), Registros Hospitalares de Câncer (RHC) e pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), os quais auxiliam na descrição epidemiológica e no suporte de pesquisas envolvendo o câncer em diferentes grupos etários. O presente estudo teve como objetivo analisar tendências temporais do câncer infantojuvenil e fatores associados ao tratamento oncológico, no período de 2000 a 2018, a partir da investigação regional e nacional dos Registros Hospitalares de Câncer. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, de base secundária, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta de 81.395 registros de câncer contidos no Módulo Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer (INCA) e disponibilizados pela Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), com informações de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, tratados em centros e unidades especializados. Os dados analisados foram tabulados e organizados em uma planilha do software Microsoft Excel viabilizando a análise descritiva e análise inferencial no software de análise de tendências Joinpoint e no software de domínio público R, onde foram realizadas a regressão Joinpoint e a regressão logística, respectivamente, adotando-se um nível de significância de 5%. O câncer infantojuvenil, no Brasil, de 2000 a 2018, foi mais prevalente no sexo masculino (54,2%; n=44.103), nas crianças entre 0 e 4 anos de idade (31,2%; n= 25.428), nos indivíduos de cor de pele parda (40,8%; n=22.839), e residentes na região Sudeste (44,9%; n= 36.522). O sistema hematopoiético e reticuloendotelial foi o local mais afetado pela doença (30,3%; n= 24.649), tendo a medula óssea como destaque (29,1%; n= 23.674). Quanto à classificação do diagnóstico, a mais relevante foi a das Leucemias, doenças mieloproliferativas e doenças mielodisplásicas (28,8%; n= 23.416). Os tumores sólidos predominaram nestes indivíduos (58,7%; n= 47.780). A Pediatria Oncológica é a especialidade que mais trata esta doença (34,6%, n= 19.346) e a quimioterapia é a modalidade terapêutica mais administrada no início do tratamento (48,1%; n= 26.935). Percebeu-se que 78,1% (n=63.571) dos indivíduos iniciaram o tratamento até os 60 dias após comprovação diagnóstica. Em relação às diferenças regionais, os indivíduos da região Centro-Oeste usufruíram mais dos encaminhamentos do SUS (81,2%) e realizaram o tratamento antineoplásico em outros estados (32,7%). A região Norte apresentou o maior percentual de óbitos após o primeiro tratamento hospitalar (17,4%). Os tumores sólidos foram os mais predominantes, com exceção da região Norte (48,0%). Foi observado um aumento importante nas taxas de prevalência ao longo do tempo, principalmente nos tumores sólidos, no sexo masculino e na faixa etária de 0 – 4 anos, com variações entre as regiões brasileiras. Pacientes que tiveram como primeiro tratamento hospitalar a radioterapia (OR: 3,74), hormonioterapia (OR: 8,24) e transplante de medula óssea (OR: 15,7), e que chegaram aos centros especializados com diagnóstico e sem tratamento (OR: 11,4) e com diagnóstico e tratamento (OR: 56,2) apresentaram as maiores chances para atrasar o início do tratamento oncológico. Conclui-se que o grupo das leucemias foi o mais predominante entre as crianças e adolescentes com câncer, atingindo principalmente crianças com faixa etária de 0 a 4 anos de idade e o sexo masculino. A maioria dos pacientes iniciou o tratamento no prazo determinado por lei e o aumento da taxa de prevalência foi mais evidente nos tumores sólidos, no sexo masculino e na faixa etária de 0 a 4 anos, variando entre as regiões brasileiras. O estudo foi capaz de prever um modelo promissor para classificação de possíveis crianças e adolescentes que poderão atrasar o início do tratamento antineoplásico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6311314 - ANA MARIA GONDIM VALENCA
Interno - 1643224 - HEMILIO FERNANDES CAMPOS COELHO
Interno - 1724406 - LUIZ MEDEIROS DE ARAUJO LIMA FILHO
Interno - 1454201 - RODRIGO PINHEIRO DE TOLEDO VIANNA
Externo ao Programa - 1552220 - EUFRASIO DE ANDRADE LIMA NETO
Externo à Instituição - ISABELLA LIMA ARRAIS RIBEIRO