Banca de DEFESA: VITÓRIA POLLIANY DE OLIVEIRA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VITÓRIA POLLIANY DE OLIVEIRA SILVA
DATA: 15/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO CCEN
TÍTULO: ACESSO DE INDIVÍDUOS COM COVID LONGA À REABILITAÇÃO PÓS-ALTA HOSPITALAR
PALAVRAS-CHAVES: Covid longa; Reabilitação pós-alta hospitalar; Acesso à reabilitação.
PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Introdução: Devido ao complexo processo fisiopatológico da Covid-19 e à necessidade de hospitalização prolongada nos casos graves, os indivíduos sobreviventes a essa infecção podem persistir a longo prazo com diferentes tipos de complicações e graus de comprometimento funcional. Nesses casos, a reabilitação pós-alta hospitalar torna-se uma necessidade. Entretanto, sabe-se que no Brasil as ações de saúde em reabilitação são limitadas e ainda não garantem acesso a todas as pessoas que necessitam. Objetivo: Analisar como tem se dado as demandas e o acesso à reabilitação pós-alta hospitalar entre os indivíduos com Covid longa no município de João Pessoa-PB. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, com abordagem qualitativa e quantitativa, desenvolvido em um hospital público de referência para tratamento da Covid-19. A amostra total da referida pesquisa (n=81) foi constituída por indivíduos que receberam alta após internação por Covid-19 entre os anos 2020 e 2021. O estudo foi desenvolvido em quatro fases, a saber: 1) Levantamento no SAME; 2) Análise de prontuários; 3) Aplicação de formulários via ligação telefônica; e 4) Entrevistas estruturadas pela plataforma Google Meet. Para a análise dos dados quantitativos, foi utilizada a estatística descritiva e inferencial, bem como um modelo de regressão logística e o de classificação binária WoE. Já os dados qualitativos, foram tratados através da análise de conteúdo. Resultados: Cerca de 88,9% dos pacientes apresentaram queixas após a alta hospitalar. As principais queixas identificadas foram: dispneia (67,9%), ansiedade (40,7%) e perda da memória (35,8%). Contudo, apenas 22 pacientes tiveram acesso à reabilitação e destes apenas um recebeu encaminhamento para serviço de reabilitação na ocasião da alta. O acesso à reabilitação aconteceu com maior frequência na rede privada (63,6%). Ademais, os resultados da odds ratio evidenciaram que pacientes com queixa de dispneia possuem 28,163 vezes mais chance de ter acesso à reabilitação após a alta. No modelo WoE, as variáveis dispneia, renda, mialgia e sexo foram classificadas como sendo muito fortes para explicar o acesso à reabilitação entre os pacientes. A abordagem qualitativa permitiu identificar que os profissionais de saúde, assim como familiares e amigos dos sujeitos são capazes de influenciar no percurso de busca por reabilitação. Considerações finais: Os resultados desta pesquisa despertam a necessidade do desenvolvimento de estratégias que garantam o acesso adequado dos indivíduos com Covid longa à reabilitação na rede pública de saúde, bem como, pode subsidiar o processo de tomada de decisão dos gestores.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1433915 - GERALDO EDUARDO GUEDES DE BRITO
Interno - 1643224 - HEMILIO FERNANDES CAMPOS COELHO
Presidente - 1190307 - KATIA SUELY QUEIROZ SILVA RIBEIRO
Interno - 1724406 - LUIZ MEDEIROS DE ARAUJO LIMA FILHO
Interno - 3054906 - SUELLEN MARY MARINHO DOS SANTOS ANDRADE