PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (CCSA - PPGA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ALEXANDRE RODRIGUES SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEXANDRE RODRIGUES SANTOS
DATA: 25/03/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO: EFEITOS DO MODELO DE DISTRIBUIÇÃO ORÇAMENTÁRIA NO DESEMPENHO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS
PALAVRAS-CHAVES: Teoria da Agência. Orçamento. Desempenho. Ensino Superior. Efeitos.
PÁGINAS: 156
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
RESUMO: Em razão do forte processo de expansão vivenciado pelas universidades federais brasileiras a partir de 2008, por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que oportunizava a ampliação do acesso e permanência no Ensino Superior, ao tempo em que esse mesmo contexto de expansão criou novas oportunidades, novos postos de trabalho, novos cursos, melhor qualificação do capital intelectual, novas pesquisas em novas áreas, criou também novos desafios, tais como o aumento do número de universidades, interiorização do ensino, aumento de número de discentes e servidores, crescimento da infraestrutura, e com ela suas necessidades inerentes ao funcionamento, manutenção e desenvolvimento. Logo, tornou-se evidente a relevância da temática a partir do momento em que questões sobre como avaliar a contribuição das universidades para o desenvolvimento da sociedade nas dimensões econômica, social, cultural e inovadora têm sido apresentadas como objeto de interesse, discussão e pesquisa. Assim, parte-se da perspectiva das relações estabelecidas entre a distribuição e alocação de recursos orçamentários, estabelecidos pela matriz orçamentária do MEC, perscrutando o modelo de gestão, no que se refere às estruturas e decisões, balizado sob a perspectiva da Teoria da Agência, que tem como pressupostos básicos o conflito de interesses entre o agente e o principal, a assimetria informacional e o processo de gestão de controle e monitoramento a partir da governança, representada pelos conselhos universitários, e instrumentos postos de avaliação de desempenho das universidades federais. Nesse ambiente, em que as estratégias de decisões sobre a alocação dos recursos financeiros podem se revelar sob as mais diversas orientações gerenciais, propõe-se a seguinte questão de pesquisa: Quais os efeitos (resultados) do modelo de alocação e distribuição orçamentária no desempenho das universidades federais brasileiras? Deste modo, foram investigados os efeitos do modelo de alocação e distribuição orçamentária no desempenho das universidades federais, com base no comportamento da aplicação do orçamento, dos indicadores de desempenho, e de suas relações existentes e dos efeitos da alocação do orçamento sobre o desempenho. Para tanto, utilizou-se uma abordagem quantitativa, em uma perspectiva longitudinal, analisando os dados de 2008 a 2018, de cinquenta e quatro universidades federais, que correspondem a 78,26% do total de universidades atualmente, onde foram analisadas treze variáveis orçamentárias, dez variáveis de desempenho e mais quatro variáveis categóricas, totalizando vinte e sete variáveis e 594 observações. Com o objetivo de responder à questão de pesquisa, foram aplicados os testes de Normalidade Shapiro-Wilk, e em seguida o de homogeneidade de variâncias, Teste de Levene, realizou-se a análise de correlação de Spearman, análise fatorial, e, por fim, a técnica de análise envoltória de dados (DEA) para aferir os efeitos. Posteriormente, os resultados apontaram que não há proporcionalidade entre a alocação do orçamento e o desempenho; não há relações entre a maioria das variáveis orçamentárias e as de desempenho, na sua maioria, e que os efeitos da alocação não foram eficientes. Tem-se, portanto, que a principal conclusão que a alocação do orçamento, dado o atual modelo de distribuição, não gera resultados proporcionais nem satisfatórios, ao tempo em que também não se percebe que os atuais indicadores de desempenho refletem a realidade das diferentes universidades, dada a complexidade e particularidade de cada uma. E que esses resultados podem ser afetados pela autonomia na aplicação do orçamento discricionário que cada universidade traz.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1331488 - ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO
Interno - 1554223 - ANDRE GUSTAVO CARVALHO MACHADO
Externo ao Programa - 1174357 - ISAC ALMEIDA DE MEDEIROS
Presidente - 1455546 - MARCIO ANDRE VERAS MACHADO
Externo à Instituição - ROBERTO BRAZILEIRO PAIXÃO