PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM (PPGENF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIA HELLENA FERREIRA BRASIL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA HELLENA FERREIRA BRASIL
DATA: 27/02/2023
HORA: 13:30
LOCAL: SALA 03 - PPGENF
TÍTULO: COMPORTAMENTO SEXUAL DE UNIVERSITÁRIOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19: UM ESTUDO DE MÉTODO MISTO
PALAVRAS-CHAVES: Comportamento sexual. Estudantes. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Covid-19. Epidemiologia.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: O ambiente universitário promove oportunidades para prática de comportamentos sexuais de risco. Dentre esses comportamentos, destaca-se o uso inconsistente do preservativo, múltiplas parcerias e uso de álcool e outras substâncias, os quais podem resultar em transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Em 2020, surge então, uma situação de pandemia por covid-19, com restrições severas para o controle da infecção, dentre estas o distanciamento físico, provocando um cenário propício para alterações comportamentais na população. Nesse sentido, o objetivo da presente pesquisa é analisar o comportamento sexual de estudantes universitários durante a pandemia da covid-19. Trata-se de um estudo transversal, misto, envolvendo 404 estudantes da Universidade Federal da Paraíba. A coleta de dados ocorreu entre março/2021 e abril/2022. Para análise de dados quantitativos realizou-se estatística descritiva e inferencial através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Quanto aos dados qualitativos, o tratamento e análise foram realizados por meio do software NVivo versão gratuita. Respeitou-se as recomendações dispostas na Resolução 466/CNS/Brasil, com aprovação por um Comitê de Ética em Pesquisa, conforme parecer 4.309.767. Prevaleceram estudantes do sexo feminino, entre 18 e 24 anos, cor parda, solteiras, sem religião, que não moram na residência universitária e que recebem alguma bolsa ou benefício. A prevalência de IST autorrelatada foi de 7,9%. Análises bivariadas revelaram que estudantes do sexo masculino (p<0,001), com idade igual ou superior a 25 anos (p=0,001), que moram na residência universitária (p=0,009), com idade da primeira relação sexual ≤15 anos (p=0,013), relação sexual com pessoa do mesmo sexo (p<0,001), relação sexual casual nos últimos 12 meses (p<0,001), relação sexual com profissional do sexo (p=0,030), recebeu dinheiro ou pagou em troca de relação sexual (p<0,001), relação sexual com parceiro que conheceu pelo celular (p<0,001) e tabagismo (p<0,001) quando associado com IST foram estatisticamente significantes. A regressão logística múltipla indicou que estudantes com idade igual ou superior a 25 anos, que tiveram relação sexual casual nos últimos 12 meses e que já receberam dinheiro ou pagaram em troca de sexo apresentaram mais chances de incidência de IST. Os dados qualitativos indicam que durante a pandemia houve aumento de uso de redes sociais e/ou aplicativos de relacionamento, baixa adesão ao uso do preservativo e redução das práticas sexuais nos universitários. Os resultados reforçam a necessidade de investimento em políticas públicas de saúde direcionadas para o público citado. É essencial a realização de atividades de educação em saúde sexual nas universidades, assim como a oferta contínua de testes rápidos para detecção de IST.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1626922 - ANA CRISTINA DE OLIVEIRA E SILVA
Externo ao Programa - 1048500 - ANNA CLAUDIA FREIRE DE ARAUJO PATRICIO
Interno - 3226188 - MARIA ELIANE MOREIRA FREIRE