PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA (PPGFIS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
No Informado

Noticias


Banca de DEFESA: MARIA ALESSANDRA SIPRIANO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA ALESSANDRA SIPRIANO DA SILVA
DATA: 27/01/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: Impacto de um programa com treinamento funcional por telerreabilitação sobre a função pulmonar, capacidade de exercício e qualidade de vida em pacientes pós covid-19: Ensaio clínico randomizado
PALAVRAS-CHAVES: Capacidade de exercício, capacidade pulmonar, qualidade de vida, telerreabilitação.
PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO: Introdução: o ano de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid-19, causada pelo SARS-CoV2. Esta doença viral pode prejudicar diversos sistemas, e o sistema respiratório torna-se alvo principal para se estabelecer sequelas e disfunções sistêmicas que quando associadas podem predispor a intolerância ao esforço físico. Estratégias de reabilitação física presencial para restabelecer funções prejudicas nestes pacientes é um desafio, principalmente pelas medidas restritivas de isolamento social e neste sentido, as estratégias em domicilio por via remota pode contribuir na recuperação dos pacientes pós COVID 19. Objetivo: avaliar a eficácia e a viabilidade de um programa com treinamento funcional por telerreabilitação sobre a função pulmonar, tolerância ao esforço e qualidade de vida em indivíduos pós COVID-19. Métodos: ensaio clinico randomizado, com participação de indivíduos recuperados da COVID19 que foram alocados no grupo treinamento funcional com telerreabilitação e palestras (GT) e grupo controle com palestras (GC). Foram avaliados 30 indivíduos (60% mulheres) com média de idade de 48,2 ± 12,8 anos e IMC médio de 29,0 ± 6,3 Kg/m2 . O protocolo de intervenção teve duração de oito semanas, realizado por chamada de vídeo durante 3x/semana. Um total de oito palestras com temas de educação em saúde foram realizadas com encontros remotos a cada duas semanas entre os pesquisadores e os participantes. Foram avaliados a função pulmonar, a tolerância ao esforço e a qualidade de vida. A estatística foi realizada com planilhas excel e o programa SPSS 20.0. A normalidade e homocedasticidade foram avaliadas pelos testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente. Para as análises inferenciais foram empregados o teste ANOVA one way com Post hoc de Bonferroni, teste t de Student ou teste U de Mann-Whitney. Foi considerado como diferença estatística p < 0.05. Resultados: Na análise intragrupo, observa-se aumento significativo na capacidade vital (CV) e no VEF1para o GT (p = 0.000; p = 0,001), com aumento da CV para GC (p = 0.006). Não houveram diferenças significantes na CV forçada para o GT e GC (p = 0.144; p = 0.383, respectivamente) e na relação VEF1/CVF (p = 0.275; p = 0.197, respectivamente). Na análise da diferença da média entre grupos, verifica-se que a CV e o VEF1 apresentaram melhores respostas com o treinamento funcional (p = 0.032; p = 0.018, respectivamente). Nenhuma outra diferença estatística foi verificada para a CVF e o VEF1/CVF (p = 0.167; p = 0.434, respectivamente). O GT teve aumento significativo na distância percorrida (469,80 [429,43 - 510,16] vs 591,63 [560,04 - 623,23] metros; p = 0.003). Na análise entre grupos, o GT teve aumento de 121,84 metros e o GC foi de 6,56 metros (p = 0.000). Na análise intragrupo, o GC apresentou redução significante na saturação de oxigênio (98,2 [97,9 - 98,5] vs 97,9 [97,5 - 98,2] %; p = 0.048), mas sem diferença estatística na análise entre os grupos (p = 0.115). Não foram observadas diferenças significantes na análises intragrupo e entre os grupos na percepção subjetiva de esforço e frequência respiratória (p > 0.05, para todas as comparações).Na análise intragrupo, o GT teve melhora em todos os domínios da qualidade de vida (p < 0.05). Na análise da diferença da média entre grupos, observa-se que o GT apresentou melhora comparado ao GC, nos domínios de capacidade funcional (p = 0.015), limitações físicas (p = 0.03), dor (p = 0.00), vitalidade (p = 0.04) e no score geral (p = 0.04). Conclusão: O treinamento funcional supervisionado e realizado de forma remota foi capaz de melhorar a parâmetros da pulmonar, a tolerância ao esforço e a qualidade de vida em pacientes que apresentaram sequelas pós COVID-19. O protocolo por telerreabilitação com treinamento funcional mostrou-se seguro e eficaz na recuperação da funcionalidade dos indivíduos sobrevivente da COVID-19.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 336960 - ELIANE ARAUJO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - MARIA DO AMPARO ANDRADE
Presidente - 1228470 - MARIA DO SOCORRO BRASILEIRO SANTOS