PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA (PPGFIS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
No Informado

Noticias


Banca de DEFESA: RENATA DE LIMA MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATA DE LIMA MARTINS
DATA: 24/08/2023
HORA: 13:00
LOCAL: Sala Virtual Meet
TÍTULO: EFEITO DA TELERREABILITAÇÃO SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL DO EXERCÍCIO, FUNÇÃO PULMONAR, APTIDÃO FÍSICA, DISPNEIA, FADIGA E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM COVID-19: Uma revisão sistemática e metanálise
PALAVRAS-CHAVES: Telerreabilitação, COVID-19, capacidade funcional, função pulmonar, qualidade de vida, aptidão física.
PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO: Introdução: A COVID-19 pode gerar agravos sistêmicos e complicações em diversos órgãos deixando sequelas nas pessoas acometidas. Com a finalidade de tratar as funções prejudicas pela COVID-19, a reabilitação física se propôs a restaurar ou minizar os danos provocados pela doença. A reabilitação via recursos de modo digital ou telerreabilitação é indicada como um ramo da telessaúde que caracteriza um sistema de controle da reabilitação remota por meio de tecnologias de telecomunicação, a qual tem se mostrado efetiva, propicia economia de tempo e recursos para a atenção de saúde. Objetivo: Identificar os efeitos das intervenções por meio da telerreabilitação sobre a capacidade funcional e físicas, função pulmonar, dispneia, fadiga e a qualidade de vida em pacientes acometidos pela COVID-19. Métodos: Este estudo foi registrado na base de protocolos de revisão sistemática PROSPERO com inscrição CRD42022347642. A estratégia PICO contemplou os seguintes critérios de inclusão: ser pessoas de ambos os sexos, com idade ≥ 18 anos com e pós-COVID-19, hospitalizados ou não, que realizassem protocolos de de telerreabilitação comparados ou não a tratamentos presenciais ou cuidados habituais. Os desfechos avaliados foram a capacidade funcional, função pulmonar, força muscular respiratória, parâmetros de aptidão física, qualidade de vida, dispneia e fadiga. A busca foi realizada nas bases: PubMed/MEDLINE, Cochrane Library, PEDro Physiotherapy Evidence Database, CINAHL Database/EBSCO e Web of Science. Livros, metanálises, revisões e revisões sistemáticas foram excluídos. A qualidade e o relatório dos estudos foram analisados pela escala TESTEX. A síntese quatitativa foi realizada no Review Manager (RevMan 5.4) com análises para mensurar a diferença da média padronizada (DMP) ou diferença da média (DM) entre os ensaios, com os intervalos de confiança de 95% (IC 95%). A heterogeneidade foi avaliada pelo I2, e os efeitos aleatórios ou fixo foram aplicados de acordo com a heterogeneidade do estudo. Resultados: Trinta e quatro artigos avaliando 1,344 individuos com e pós COVID-19 foram incluídos para a síntese qualitativa, e catorze estudos seguiu para a metanálise. O conjunto de dados revelou que a telereabilitação melhorou a capacidade funcional [DM 79.65 [63.57, 95.73m], I2 = 52%, P < 0.00001), agilidade [DM -0.69 [IC95%-1.33, -0.04], I2 = 0%, P = 0,04], força e resistência dos membros inferiores [DMP 0.74 [IC95%0.52, 0.96Kg], I2 = 10%, P < 0.00001], VEF1 [MD 0.20 [IC95%0.04, 0.37L], I2= 55%, P = 0,02], e dispneia [DMP -0.94 [IC95% -1.64, -0.24], I2 = 90%, P = 0,009]. Também se verifica que a telereabilitação melhorou a força muscular inspiratória [DM 13.71 [IC95%5.41, 22.00cmH2O], I2 = 0%, P = 0,001] mas não foi favorável para melhorar a função pulmonar. Na anáise de subgrupo, os protocolos de telereabilitação com TRMD associado ou não a outras modalidades físicas foi favorável para aumentar a força de preensão manual [MD 4.69 [IC95% 0.44, 8.94kg], I2 = 0%, P = 0,03] e a fadiga [DMP -0.97 [IC95%-1.74, -0.20], I2 = 74%, P = 0,01], P < 0.00001]. Já a qualidade de vida com a oferta da telereabilitação na fase de contágio da COVID-19 foi melhorada. Conclussão: A telereabilitação é favorável para melhorar a capacidade funcional, força dos músculos inspiratórios, força e resistência aeróbia dos membros inferiores, agilidade e dispneia. Na análise de subgrupo foi observado redução da fadiga, melhora da força de preensão manual e do VEF1 nos protocolos com TRMD isolado ou combinado com outras modalidades de exercício. A qualidade de vida foi melhorada nos protocolos empregados na fase de contágio da doença e a melhora da capacidade funcional independe do tempo e do tipo da intervenção realizada.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANNA MYRNA JAGUARIBE DE LIMA
Presidente - 1228470 - MARIA DO SOCORRO BRASILEIRO SANTOS
Interno - 1232659 - RAFAELA PEDROSA