PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPGAU)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: PATRICIA ALONSO DE ANDRADE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRICIA ALONSO DE ANDRADE
DATA: 02/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual: meet.google.com/fzj-mpvs-soh
TÍTULO: Desempenho socioeconômico da forma urbana: implicações do adensamento com verticalização e baixa permeabilidade
PALAVRAS-CHAVES: Densidade construída; Forma urbana; Desempenho socioeconômico; Acessibilidade; Verticalização; Permeabilidade.
PÁGINAS: 586
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO: Esta tese insere-se nas discussões sobre morfologia urbana, e seu objetivo é analisar como características formais e espaciais que permeiam as relações entre densidade construída e forma urbana se associam a determinados processos socioeconômicos potencializadores da urbanidade, quais sejam: o número de pessoas nas ruas; e a diversidade de usos do solo. Embora não possam solucionar os problemas socioeconômicos da cidade desigual, os dispositivos e arranjos morfológicos urbanos desempenham um papel essencial para agravá-los ou minimizá-los, ao acentuar ou atenuar padrões de isolamento social, segregação socioespacial e falta de vitalidade urbana. Aprofundar e expandir o conhecimento empírico sobre o potencial de desempenho socioeconômico da forma urbana permite aplicá-lo com mais confiabilidade nas práticas urbanísticas, em prol de cidades mais coesas socialmente, mais vibrantes e propensas à urbanidade. Para tanto, adota-se o modelo teórico dos padrões urbanos convergentes e divergentes de Netto et al. (2012) e, como procedimento metodológico, analisam-se, por correlação bivariada com o coeficiente de Spearman, as relações entre múltiplas variáveis ligadas à densidade construída, à forma urbana e a processos socioeconômicos. Reconhece-se distância, densidade e diversidade como atributos primários formadores do sentido de cidade, no que se refere às relações entre espaço urbano e sociedade. Essas três características fundamentam a seleção das variáveis de análise, a qual também segue uma ontologia da forma urbana baseada nas relações entre espaço público e privado. Utilizam-se os métodos Spacematrix (BERGHAUSER PONT; HAUPT, 2009), Place Syntax (STÅHLE; MARCUS; KARLSTRÖM, 2005; STÅHLE, 2008) e Sintaxe Espacial com Análise Angular de Segmentos (HILLIER; HANSON, 1984; HILLIER, 1996b; TURNER, 2001), além de índices de permeabilidade de interface desenvolvidos no âmbito da pesquisa (ALONSO; BERGHAUSER PONT; AMORIM, 2018). Tem-se como estudos de caso áreas urbanas de João Pessoa, capital do estado da Paraíba e capital regional posicionada entre as cidades médias brasileiras contemporâneas, na qual é corrente o adensamento por verticalização para fins de moradia. Os resultados da pesquisa demonstram que, dentre as variáveis analisadas, aquelas mais fortemente associadas ao número de pessoas nas ruas são a permeabilidade visual de interface (principalmente aquela voltada para espaços não residenciais) e o uso não residencial. Os estudos de caso corroboram a teoria de Netto et al. (2012) sobre a dinâmica urbana baseada em interferências recíprocas e temporalidades diversas entre padrões convergentes e divergentes de acessibilidade, densidade, localização de atividades e movimento de pedestres, em contraponto à ênfase de Hillier (1996b) no efeito multiplicador dos atratores sobre o movimento natural gerado pela acessibilidade espacial. Reforça-se a alegação de Netto et al. (2012) de que atributos tipo-morfológicos e padrões de localização de atividades podem ter maior influência sobre os padrões de movimento, quando há defasagem entre estes últimos e os padrões de acessibilidade. Os resultados também indicam existir uma heterogeneidade tipo-morfológica nas áreas urbanas investigadas, com processo convergente para o predomínio de padrões desurbanos, avessos à presença e movimento de pessoas nas ruas, e monofuncionais, constituídos por edifícios isolados no lote, com adensamento por verticalização, e baixa permeabilidade de interfaces.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA
Externo à Instituição - FREDERICO ROSA BORGES DE HOLANDA
Interno - 338146 - JOSE AUGUSTO RIBEIRO DA SILVEIRA
Interno - 1730900 - LUCAS FIGUEIREDO DE MEDEIROS
Presidente - 330.815.654-72 - LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM - UFPE
Externo à Instituição - RENATO TIBIRIÇA DE SABOYA