PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR (PPBCM)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: ALÉCIA COURA TOMAZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALÉCIA COURA TOMAZ
DATA: 31/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: On Line
TÍTULO: Câncer Colorretal, Biomarcadores, P53, Expressão gênica, Imunohistoquímica
PALAVRAS-CHAVES: Câncer Colorretal, biomarcadores, P53, Expressão gênica, Imunohistoquímica.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
RESUMO: O câncer colorretal (CCR) é uma neoplasia que acomete o intestino grosso nos seus segmentos do cólon, reto e ânus. É o terceiro câncer comumente diagnosticado e a segunda principal causa de morte relacionada ao câncer em todo o mundo. Alguns dos fatores de riscos para o câncer colorretal incluem: dieta rica em gordura, exercícios físicos inadequados, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Entre os genes que são frequentemente mutados, a variação do gene TP53 é uma das principais etapas genéticas no desenvolvimento do CCR. Fatores sociodemográficos, como raça, etnia e nível socioeconômico, são conhecidos por influenciar a incidência, estágio, diagnóstico, sobrevida e mortalidade deste câncer. O trabalho teve como objetivo realizar uma coorte retrospectiva de 43 pacientes com CCR oriundos do Hospital Universitário Lauro Wanderley-PB, avaliando a expressão de p53 por imunohistoquímica em amostras parafinadas, associando aos fatores sociodemográficos e clínico patológicos, como também, foi analisada a expressão gênica de TP53 por PCR em tempo real em amostras frescas de pacientes do Hospital Napoleão Laureano em João Pessoa/PB, Brasil. As análises estatísticas foram realizadas por meio do software SPSS® versão 22.0 e do programa de domínio público OpenEpi, versão 3.01. Foram realizados testes de associação, como Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Foi observado a marcação positiva para p53 em 46,5% das 43 amostras de pacientes analisadas por imunohistoquímica, e 53,5% foram negativos. Das amostras analisadas para imunohistoquímica, verificou-se que 55,8% dos pacientes foram do sexo feminino, com média de idade acima dos 60 anos (79,1%). A etnia mais frequente foi de pessoas pardas (81,4%). Com relação a lateralidade do tumor, a região do cólon esquerdo foi mais incidente (60,4%), e o grau histológico mais presente foi o moderadamente diferenciado (88,3%). Quanto ao padrão morfológico, o tubular foi o mais frequente (74,4%). No que diz respeito ao Estágio, o II foi o mais observado na população de estudo (81,4%). A metástase em linfonodos se mostrou ausente na maior parte dos indivíduos analisados (51,1%). Pacientes que apresentaram marcação positiva para o antígeno carcinoembrionário (CEA) corresponderam a 30,2%, considerado positivo quando CEA > 4,0 ng/ml. Não foi verificada associação significativa da expressão de p53 com nenhuma das variáveis analisadas (sexo, idade, escolaridade, raça, localização, grau histológico, padrão histológico, estágio e quantificação positiva para CEA). Nas análises da expressão gênica de TP53 por PCR em tempo real, realizadas em amostras frescas (n=10), observou-se uma maior expressão de TP53 em tecidos normais (adjacente ao tumor) em relação ao tecido tumoral (p< 0,05). A análise dos dados dessa coorte permitiu melhor compreensão do perfil da doença em Hospital de referência no estado da Paraíba, destacando os principais fatores sociodemográficos e clínicos associados à enfermidade, possibilitando auxiliar em possíveis práticas preventivas e de manejo ao paciente. Contudo não foi possível associar a expressão de p53 a outros marcadores como o CEA, nem a outros fatores clínicos patológicos. Estudos mais abrangentes e com maior número de pacientes podem esclarecer melhor a contribuição de p53 como biomarcador para câncer colorretal.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2322688 - ANA PAVLA ALMEIDA DINIZ GURGEL
Presidente - 3475890 - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
Externo à Instituição - RENATA DOS SANTOS ALMEIDA