PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: FABIO GOMES DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIO GOMES DOS SANTOS
DATA: 15/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PPGO
TÍTULO: Mucosite Oral em Pacientes Oncológicos Pediátricos: Ocorrência, Escalas de Mensuração, Tempo de Hospitalização e Fatores Associados
PALAVRAS-CHAVES: Mucosite Oral, Quimioterapia, Criança
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: O câncer infantojuvenil é a segunda maior causa de morte nessa população. Apesar do avanço do tratamento oncológico, as terapias antineoplásicas promovem efeitos adversos aos tecidos sadios, trazendo prejuízos anatômicos e funcionais aos pacientes. A mucosite oral (MO) é o efeito adverso mais comum e sua prevalência pode chegar a 90% na forma leve/moderada e 35% na forma mais grave, sendo maior em crianças e adolescentes em relação aos adultos. Existem vários instrumentos utilizados para avaliação da MO, no entanto, poucos são destinados à população infantojuvenil. A ocorrência de MO tem sido associada, de acordo com a literatura, a fatores próprios dos indivíduos e ao regime terapêutico. O objetivo geral deste estudo foi aprofundar o conhecimento sobre a MO em crianças e adolescentes com câncer em tratamento quimioterápico, por meio da identificação da ocorrência da MO, suas escalas de mensuração, o impacto deste agravo no tempo de hospitalização e fatores associados em pacientes oncológicos pediátricos. Para isso, o presente estudo foi dividido em quatro artigos científicos. No artigo 1, por meio de uma série de casos, foram reportados 9 casos de pacientes oncopediátricos com leucemia, que foram acompanhados por 10 semanas consecutivas e apresentaram mucosite oral grave (MOG) já na primeira semana de tratamento. Os pacientes tiveram em média 4,0 e 5,5 episódios de MO e MOG, respectivamente. A saliva e os lábios foram os sítios mais afetados. No artigo 2, realizou-se uma revisão sistemática para verificar se a severidade da MO influencia no tempo de hospitalização de pacientes oncopediátricos. Três estudos foram elegíveis para a síntese qualitativa. Todos os estudos apresentaram baixo risco de viés nos domínios avaliados por meio da escala Newcastle-Ottawa. Um estudo verificou um aumento de 4,6 dias para cada aumento em uma unidade da escala da Organização Mundial de Saúde (OMS) para MO. Os demais estudos também observaram que os pacientes com escores mais graves requereram mais tempo de hospitalização. No artigo 3, foi escrita uma short communication acerca dos instrumentos utilizados para avaliar a condição oral de pacientes pediátricos em tratamento antineoplásico. Os principais instrumentos para este propósito são as escalas da OMS, da National Cancer Institute - Common Terminology Criteria for Adverse Events (NCI-CTCAE), e o Oral Assessment Guide (OAG). Todos são capazes de identificar e graduar as ulcerações, no entanto o OAG se destaca por avaliar os critérios que podem estar associados ao risco de ocorrência da MO. No artigo 4, por meio de uma coorte prospectiva de curta duração, foram avaliados fatores de risco associados à ocorrência da MO. A incidência variou entre 50,5% e 64,8% e 16,2% a 31,4% para a MO e MOG, respectivamente. O número de semanas com MO e MOG foram 7,6 e 2,4; respectivamente. A saliva e os lábios foram os itens mais acometidos com os escores 2 e 3. Os pacientes do sexo masculino apresentaram menor risco de desenvolvimento da MO em relação aos do sexo feminino. Em contrapartida, o risco de ocorrência da MOG foi maior entre os adolescentes em comparação às crianças. Já um maior intervalo de tempo desde a última quimioterapia reduziu o risco de aparecimento da MO e MOG. Diante do exposto, conclui-se que apesar de não haver uma escala padrão para avaliar a MO, o OAG é uma excelente opção para avaliar essa complicação em crianças e adolescentes visto sua análise não é centrada no diagnóstico de úlcera e, assim, permite verificar outros aspectos que podem influenciar na ocorrência da MO. Além disso, a literatura carece de estudos que proporcionem melhor evidência sobre os fatores de risco da MO e MOG e o impacto da MO no tempo de hospitalização de pacientes oncológicos pediátricos. Contudo, os fatores associados à ocorrência de MO e MOG podem ser diferentes
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6311314 - ANA MARIA GONDIM VALENCA
Externo à Instituição - DALIANA QUEIROGA DE CASTRO GOMES
Externo à Instituição - GUSTAVO PINA GODOY
Interno - 1636121 - SIMONE ALVES DE SOUSA
Interno - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI