PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANTÔNIO RAPHAEL LIMA DE FARIAS CAVALCANTI SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTÔNIO RAPHAEL LIMA DE FARIAS CAVALCANTI SILVA
DATA: 28/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência: https://meet.google.com/uew-keub-xiq
TÍTULO: Estudos in vitro e in silico do mecanismo de ação vasorrelaxante da amida sintética (E)-N-(4-metoxifenetil)-3-(tiofen-2-il)acrilamida (MFTA) em aorta de rato
PALAVRAS-CHAVES: Amida; (E)-N-(4-metoxifenetil)-3-(tiofen-2-il)acrilamida; vasorrelaxante; docking molecular.
PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: (E)-N-(4-metoxifenotil)-3-(tiofen-2-il)acrilamida (MFTA) é uma amida tiofênica sintética, na qual o oxigênio do anel furano foi substituído pelo enxofre, formando um anel tiofeno, criando uma nova molécula. Diversas atividades de amidas foram relatadas no músculo liso, incluindo atividade vasorrelaxante em aorta de rato. Com o docking molecular é possível prever a melhor orientação de uma molécula para uma segunda, quando acopladas, formando um complexo. Considerando que a MFTA em trabalho anterior apresentou efeito espasmolítico não seletivo em modelos de músculo liso tônico e fásico, sendo mais potente em aorta de rato, decidiu-se caracterizar seu mecanismo de ação vasorrelaxante por meio de estudos in vitro e in silico. A aorta de ratos Wistar foi seccionada em anéis e suspensa em cubas de banho para órgãos isolados sob condições adequadas, e as contrações isométricas foram monitoradas. A MFTA foi submetida ao docking molecular (DM) no Molegro Virtual Docker v.6.0.1, utilizando-se o canal de cálcio dependente de voltagem (CaV) e a proteína cinase associada a Rho (ROCK) complexados com nifedipino e Y-27632, respectivamente, obtidos do Protein Data Bank, tomando como referência o valor energético dos algoritmos Moldock e Rerank score (kcal/mol). Todos os protocolos experimentais (n = 5) foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFPB (8073300419). A MFTA relaxou de maneira dependente da concentração e equipotente a aorta de rato pré-contraída com 3x10-7 M de fenilefrina, tanto na presença (Emax=100% e CE50=1,1±0,2x10-4 M) quanto na ausência (Emax=100% e CE50=1,3±0,3x10-4 M) do endotélio, sugerindo que seu efeito vasorrelaxante parece ser devido a um mecanismo independente dos fatores relaxantes derivados do endotélio. Assim, decidiu-se avaliar a participação dos canais de K+ e dos CaV no efeito vasorrelaxante da MFTA. Foi observado que a amida relaxou de maneira dependente de concentração a aorta pré-contraída com 30 (Emax=95,4±4,6% e CE50=1,9±0,2x10-4 M) ou 80 mM (Emax=98,7±1,3% e CE50=8,3±0,7x10-5 M) de KCl, sendo cerca de duas vezes mais potente quando esses anéis eram pré-contraídos com elevadas concentrações de KCl, indicando uma possível participação dos CaV. Essa hipótese foi confirmada pela observação de que a amida (10-5-3 x 10-4 M) inibiu de maneira dependente de concentração as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem cálcio, com desvio da curva controle para direita e redução do Emax de 100% (controle) para 95,6±4,5; 68,4±5,2; 54,0±3,4 e 19,4±3,5%, respectivamente. Os valores de CE50 do CaCl2 passaram de 2,0±0,2 x10-3 M (controle), para 1,5±0,2x10-3; 2,8±0,2x10-3; 7,0±1,2x10-3; 1,2±0,5x10-4 M, respectivamente. Além disso, a MFTA relaxou de maneira dependente de concentração a aorta pré-contraída com 3x10-7 M de S-(-)-Bay K8644, um agonista dos CaV1 (Emax=100% e CE50=6,3±1,6x10-5 M), indicando uma possível inibição do influxo de Ca2+, através dos CaV1. Também foi investigada a participação da via da ROCK e observou-se que não houve diferença na eficácia nem na potência relaxante da MFTA na presença de 10- 6 M de Y-27632 (Emax=100% e CE50=5,4±1,1x10-5 M), descartando a participação desta via no efeito vasorrelaxante in vitro da amida. Nos estudos in silico, pode-se comprovar os ensaios in vitro para o bloqueio dos CaV, evidenciado pelos valores energéticos mais negativos da MFTA (-132,99 e -111,60) quando comparados ao nifedipino (-81,77 e 122,98) para Moldock e Rerank score respectivamente. Para ROCK, os estudos in silico foram condizentes com os in vitro apenas na função Rerank score, uma vez que a MFTA (-60,64) não apresentou energia mais negativa que o Y-27632 (-73,35). Portanto, a MFTA possui efeito vasorrelaxante por bloquear Cav1, de modo que o score mais negativo do valores energéticos no DM corrobora com a confirmação dessa hipótese.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1349965 - BARBARA VIVIANA DE OLIVEIRA SANTOS
Presidente - 2337274 - FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
Interno - 3508139 - ROBSON CAVALCANTE VERAS