PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: EDVALDO BALBINO ALVES JÚNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDVALDO BALBINO ALVES JÚNIOR
DATA: 29/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: Atividade antiulcerogênica e anti-inflamatória intestinal do estragol em modelos animais
PALAVRAS-CHAVES: Estragol, atividade cicatrizante gástrica, atividade antiúlcera duodenal, atividade anti-inflamatória intestinal, fenilpropanoides
PÁGINAS: 131
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: Os fenilpropanóides são uma classe de compostos produzidos pelas plantas medicinais e são biossintetizados a partir da fenilalanina via ácido cinâmico. O estragol é um fenilpropanoide que está presente como constituinte de óleos essenciais de muitas espécies vegetais, como Ravensara anisata (Madeira), Ocimum basilicum (Manjericão) e Croton zehntneri (Canelinha). Atividades farmacológicas descrevem atividade antioxidante, antimicrobiana, ansiolítica, contrátil do músculo esquelético, relaxante do músculo visceral, anti-inflamatória e gastroprotetora. A administração oral (v.o) de estragol nas doses de 31; 62; 125 e 250 mg/kg) reduziu (p<0,001) a área de lesão ulcerativa (ALU) em duodenos de ratos submetidos as lesões induzidas pela cisteamina. A partir do protocolo de úlcera gástrica induzida por ácido acético foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias. Os resultados demostraram que o tratamento (v.o) com estragol na dose de 250 mg/kg reduziu (p<0,001) a ALU, quando comparado ao grupo controle. Esse efeito foi relacionado a um aumento dos níveis de GSH, SOD, IL-10 e TGFβ (p<0,001) e uma redução (p<0,001) dos níveis de MDA, MPO, IL-1β, TNF-α e NFκB. A administração de estragol durante 14 dias não alterou o peso dos órgãos (coração, fígado, baço e rins), nem os parâmetros bioquímicos e hematológicos avaliados. Além disso, a substância teste protege os animais da redução do consumo de água e de ração. No modelo de indução aguda de inflamação intestinal induzida por TNBS, o estragol reduziu (p<0,05) o escore de lesão macroscópica, a ALU, a relação peso/comprimento e o índice diarreico em todas as doses avaliadas. No protocolo sub-crônico de colite ulcerativa com recidiva, o estragol em sua dose mais efetiva (250 mg/kg) reduziu (p<0,01) o escore de lesão macroscópica, a ALU e a relação peso/comprimento do cólon. A partir dos protocolos agudo e subcrônico de colite, foi observado que o estragol (250 mg/kg) reduziu (p<0,001) os níveis de MDA e MPO e restaurou os níveis de GSH e SOD. Além disso, reduziu (p<0,001) os níveis de IL-1β, TNF-α e e NFκB, bem como, aumentou os níveis de TGFβ (p<0,001) e restaurou (p<0,01) os de IL-10. Na avaliação de função da barreira epitelial foi mostrado um aumento (p<0,001) da imunomarcação para zona de oclusão-1 (ZO-1). Com isso, a partir dos dados analisados, pode-se sugerir que o estragol apresenta atividade antiúlcera duodenal, atividade cicatrizante gástrica relacionada à indução da reepitelização da lesão e baixa toxicidade por doses repetidas. E atividade anti-inflamatória intestinal na fase aguda e sub-crônica, sendo relacionada à citoproteção da barreira intestinal por meio da preservação das junções comunicantes, sistema antioxidante e da imunomodulação.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1514305 - HEMERSON IURY FERREIRA MAGALHAES
Presidente - 1282788 - LEONIA MARIA BATISTA
Interno - 1117945 - MARCIA REGINA PIUVEZAM
Interno - 1140014 - MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
Externo à Instituição - VANDA LUCIA DOS SANTOS