Banca de DEFESA: JACQUELINE CRISTINA BUENO JANICE DE JESUS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JACQUELINE CRISTINA BUENO JANICE DE JESUS
DATA: 22/05/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência Google Meet no endereço https://meet.google.com/ztv-hbnc-kfm
TÍTULO: 2-N-alquilpiridilporfirina de Mn(III) como modelos tiol (per)oxidases e agentes terapêuticos redox ativos em modelo animal de câncer de mama e modelo vegetal de estresse salino
PALAVRAS-CHAVES: Porfirinas de Mn, Atividade tiol (per)oxidase, Radiossensibilização, Sorgo sacarino, Estresse oxidativo, Estresse salino.
PÁGINAS: 136
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
SUBÁREA: Química Inorgânica
ESPECIALIDADE: Química Bio-Inorgânica
RESUMO: As 2-N-alquilpiridilporfirinas de Mn(III) são compostos redox ativos que se destacam na catálise biomimética e como agentes terapêuticos em diversas doenças associadas ao estresse oxidativo. O avanço das pesquisas in vivo exige uma maior demanda de porfirina, sendo interessante o desenvolvimento de metodologias alternativas que minimizem custos, tempo e sejam ambientalmente mais amigáveis. Nesse sentido, foi investigada uma rota alternativa para a obtenção de duas 2-N-alquilpiridinioporfirinas de Mn(III) – a porfirinas meso-tetraquis(N-etilpiridinio-2-il)porfinatomanganês(III) (MnTE-2-PyPCl5) e porfirinas meso-tetraquis(N-hexilpiridinio-2-il)porfinatomanganês(III) (MnTnHex-2-PyPCl5), tendo o MnT-2-PyPCl como intermediário. Foram propostos uma nova metodologia para a síntese da MnT-2-PyPCl, utilizando meio aquoso ácido e um método de purificação sem uso de solventes orgânicos. No intutito de investigar a reatividade da MnPs (Mn-porfirinas) frente a outros compostos, foi estudada a atividade catalítica tiol peroxidase e oxidase da MnTE-2-PyP5+ e uma série de outros compostos redox ativos. Essa MnP apresentou a maior atividade catalítica e estudos espectrofotométrico e eletroquímico da catálise da oxidação da glutationa foram investigados, evidenciando a participação do O2 no sistema. Adicionalmente, foram realizados estudos que evidenciaram a alta reatividade da MnTE-2-PyP5+ na oxidação de outros tióis, inferindo que em meio biológico inúmeras interações dessa com grupos tióis são possíveis. Para explorar a ação das MnPs em modelos associados ao estresse oxidativo foi estudado o uso combinado de metaloporfirinas de manganês (MnP) com outros tratamentos anti-tumorigênicos, como quimioterapia com ascorbato (Asc) e radioterapia (RT) em modelo de câncer de mama em camundongos Balb/C, utilizando três MnPs com características distintas: MnTnBuOE-2-PyP5+ MnTE-2-PyP5+ e MnTBAP3–. Além disso foram analisadas a bioacumulação em tecidos de tumor, musculo e fígado utilizando a técnica de LC-MS/MS. As MnPs catiônicas apresentaram resultados semelhantes na sensibilização do tumor ao Asc e RT, justificados pelas propriedades redox e reatividade similares e concentrações no tecido-alvo (tumor) em mesma ordem de magnitude, como apontaram os dados de bioacumulação. As análises de bioacumulação, utilizando a técnica de LC-MS/MS, nesse estudo foi usado também para a detecção da MnTBAP3–, que embora não tenha apresentado nenhum efeito terapêutico para o experimento animal, apresentou alta bioacumulação nos tecidos que podem auxiliar a desvendar a eficácia dessa droga em outros modelos para tratamento de doenças relacionadas ao estresse oxidativo. Por fim, visando ampliar os estudos de MnPs em modelos in vivo, foi desenvolvido um modelo vegetal de cultivo em laboratório para o sorgo sacarino [Sorghum bicolor (L.) Moench], variedade Wray, sob estresse salino, em meio hidropônico. Estudou-se os efeitos de variados níveis de MnTE-2-PyPCl5 no desenvolvimento inicial planta sob estresse salino (100 mmol L–1 de NaCl) e sem estresse salino (8 mmol L–1 de NaCl), avaliando-se parâmetros como altura, biomassa e massa seca. Dentre as concentrações de MnP testadas (0- 100 umol L–1), a análise de variância apontou para efeitos significativos com impacto positivo na altura para o tratamento de 10 umol L–1 de MnTE-2-PyPCl5 nas plantas sob estresse salino. E as análises dos parâmetros de massa seca indicaram que a concentração de 100 umol L–1 da MnP limitaram o desenvolvimento do sorgo sacarino em ambos os níveis de salinidade, apontando para uma ligeira toxicidade da MnTE-2-PyPCl5 a essa concentração. Esse estudo caracterizou-se como o primeiro de uso de moduladores redox à base de Mn-porfirinas para atenuação do efeito de estresse salino no crescimento de plantas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1698581 - JULIO SANTOS REBOUCAS
Interno - 1543455 - ERCULES EPAMINONDAS DE SOUSA TEOTONIO
Interno - 1726817 - FAUSTHON FRED DA SILVA
Externo ao Programa - 2438978 - COSME RAFAEL MARTINEZ SALINAS
Externo à Instituição - DAYSE CARVALHO DA SILVA MARTINS
Externo à Instituição - GIOVANNIA ARAUJO DE LIMA PEREIRA