PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: EUCLIDES BARBOSA RAMOS DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EUCLIDES BARBOSA RAMOS DE SOUZA
DATA: 16/06/2021
HORA: 09:00
LOCAL: plataforma zoom
TÍTULO: Da teoria dos atos de discurso e o problema de Cohen
PALAVRAS-CHAVES: ato ilocucionário, comprometimento, falácia
PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO: A teoria dos atos de discurso foi fundada por John Langshaw Austin após a compilação de suas palestras na obra How To Do Things with Words (1962) e com ela elucidamos que a linguagem é capaz de muito mais do que uma simples descrição do mundo, tendo também uma capacidade de realizar ações e gerar fatos no mundo por meio de enunciações de modo que tais ações e fatos não poderiam ter outra origem senão esses mesmos atos de linguagem. A teoria dos atos de discurso, porém, era muito limitada e de certo modo imprecisa e apenas posteriormente, com os trabalhos de John R. Searle e Daniel Vanderveken (Foundations of Illocutionary Logic, 1985), essa teoria obteve um tratamento lógico-formal, trazendo uma análise muito mais detalhada da noção de ato ilocucionário, principalmente no que diz respeito à sua força ilocucionária e seus componentes fundamentais, além das noções de condições de sucesso (condições que o locutor deve preencher para realizar um ato ilocucionário com sucesso) e de condições de satisfação (condições que devem ser preenchidas no mundo para o que o objetivo do locutor se concretize). Um curioso problema surgiu na teoria antes desse aprimoramento e essa mudança, naturalmente, já foi suficiente para solucioná-lo. William Lycan (2008) formalizou esse impasse a partir de críticas realizadas a Austin por J. L. Cohen no seu artigo Do Illocutionary Forces Exist? e o chamou de problema de Cohen. Basicamente, esse problema diz respeito a uma aparente falta de comprometimento do locutor com o seu enunciado quando o inicia com o prefácio “declaro que...”, fazendo parecer que está realizando uma declaração performativa em vez de uma simples asserção acerca do mundo. A teoria dos atos de discurso atual o classificará como uma falácia, pois de uma tentativa de realização de um ato ilocucionário cuja força é declaratória não se deve deduzir que tal tentativa é satisfeita, i.e., que o ato foi realizado (que todas as condições de felicidade – condições de sucesso e de satisfação – foram preenchidas, no contexto de enunciação).
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRE LECLERC
Interno - 2159349 - ARTHUR VIANA LOPES
Presidente - 1898751 - CANDIDA JACI DE SOUSA MELO
Externo à Instituição - ROB VAN DER SANDT