PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO (PPGC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: WILTON RAFAEL DE ANDRADE JÚNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WILTON RAFAEL DE ANDRADE JÚNIOR
DATA: 21/09/2021
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência ( https://meet.google.com/uic-yrzo-fxj )
TÍTULO: USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: ANÁLISE BASEADA EM PRÁTICAS NO CONTEXTO PARENTAL
PALAVRAS-CHAVES: Primeira Infância; Tecnologias; Mediação Parental; Teoria da Prática; Cultura Digital.
PÁGINAS: 141
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO: O propósito deste estudo é compreender as práticas digitas infantis no contexto parental. Este trabalho se propõe a investigar as relações existentes entre as crianças, seus tutores e as tecnologias digitais. Tem-se como recorte geográfico o estado da Paraíba, delimitando a zona urbana como o campo de atuação averiguado, em especial as suas duas maiores cidades: João Pessoa, capital do estado, e Campina Grande. Os critérios para a escolha dos núcleos familiares que participaram desta pesquisa foram: (i.) ter crianças na primeira infância, na faixa etária entre três e seis anos de idade, fase classificada como personalização, estágio do desenvolvimento infantil marcado por uma dicotomia bem pontuada. Nessa etapa, as crianças querem estabelecer sua identidade individual em seus grupos de socialização. Foca-se no contexto parental, ao mesmo tempo em que elas sentem a necessidade de fazerem parte e serem aceitas em seu grupo familiar, sua principal instância de sociabilidade, conforme a perspectiva de Wallon (2007); (ii.) possuir acesso à internet e demais dispositivos materiais da cultura digital. Dentre eles, destaca-se o uso do smartphone como um dos principais aparelhos que representam a vivência infantil no ecossistema hipermidiático das crianças urbanas, tendo grande carga de significação nas práticas digitais infantis. A Smart TV é outro apetrecho evidente no cotidiano pueril, assim como o tablet. Como arcabouço teórico-metodológico, utilizou-se a Teoria da Prática como cerne que guiou o olhar adotado por este trabalho, trazendo como principal linha do pensamento as contribuições de Schatzki (2016; 2019). Os métodos empregados para a coleta de dados foram: um questionário sócio-demográfico, com a finalidade de se aproximar dos núcleos familiares e compreender, de modo geral, suas características, formando um perfil que atenda às necessidades da pesquisa. Esse passo constituiu a primeira etapa de avaliação da conjuntura familiar. Em seguida, passou-se para o estágio das entrevistas semiestruturadas, objetivando o entendimento das práticas digitais infantis no contexto parental. Para a tratativa das informações coletadas, foi empregada a metodologia da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016). A partir do exame das recorrências discursivas encontradas entre as falas dos participantes e seguindo os princípios da análise temática, foram caracterizadas as associações relevantes para cada ponto, sequenciando os dados conforme sua importância para este estudo. Confrontou-se a empiria das informações com o campo teórico científico, buscando bases epistêmicas que extrapolam o campo sociológico da Teoria da Prática e da própria Comunicação, visando a partir da integração de outras áreas do conhecimento, tais como: Psicologia, Pedagogia e Educação, o entendimento em torno do objeto e seu universo. Após o tratamento dos dados, foi realizada a Caracterização dos mesmos aos moldes de Bardin (2016), instituindo seis grupos de práticas, que ocorrem no pacote das práticas digitais infantis, sendo eles: tecnológicas, de entretenimento, de interação, de comunicação a distância, sócio-educativas e de mediação e monitoramento. O estudo cumpre seu objetivo de compreender as práticas digitais infantis, reconhecendo que elas passaram a ter o atravessamento do contexto da pandemia de COVID- 19, intensificando o uso dos dispositivos tecnológicos, o tempo de exposição das crianças às telas, alterando a paisagem familiar que passou a imbricar outros campos sociais, por exemplo, a esfera do trabalho e da escola ao ambiente parental. Este trabalho abre portas para pesquisas futuras ligadas às relações de poder existentes nos núcleos familiares, bem como para o próprio entendimento heurístico do desenvolvimento infantil, atualmente mediado pelo uso das tecnologias da cultura digital.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 038.508.244-46 - DIOGO LOPES DE OLIVEIRA - UFCG
Externo à Instituição - ARIANE DINIZ HOLZBACH
Externo à Instituição - Izabela Domingues da Silva