PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE (PPGMDS)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Notícias


Banca de DEFESA: RAYANNE SANTOS ALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYANNE SANTOS ALVES
DATA: 27/10/2020
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/kcf-btjg-gva
TÍTULO: O ACESSO A SAÚDE DAS MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE NO SISTEMA CARCERÁRIO DA PARAÍBA A LUZ DA REGRESSÃO LOGÍSTICA
PALAVRAS-CHAVES: Acesso aos serviços de saúde; Saúde da Mulher; Prisões; Políticas Públicas de Saúde; Saúde Mental.
PÁGINAS: 138
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: INTRODUÇÃO: O acesso da população carcerária à atenção integral à saúde no Sistema Único de Saúde é definido pela Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional, que enfatiza a garantia do direito à saúde das Pessoas Privadas de Liberdade, confinadas em estabelecimentos prisionais, o que torna a minimização das diferenças entre a vida intramuros e a extramuros fundamental para a redução das iniquidades e a universalização do acesso à saúde. Essa política ressalta ações complementares voltadas à população prisional, regido pelo respeito aos direitos humanos e justiça social. As mulheres presas estão bastante vulneráveis ao adoecimento, pois as precárias condições dos presídios e a própria privação de liberdade interferem na manutenção de saúde. OBJETIVO: Compreender a relação entre a qualidade do acesso à saúde das mulheres privadas de liberdade no sistema prisional da Paraíba e os seus atributos, bem como quão agravos psicossociais têm atingido esse público. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa. Os sujeitos do estudo foram compostos por 178 mulheres privadas de liberdade no sistema carcerário da Paraíba, em regime fechado. Para tratamento das informações coletadas de 16 entrevistas, realizadas da abordagem qualitativa, utilizou-se o software Interface de R pourles Analyses Multidimensionneles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) para subsidiar a análise de conteúdo das falas. Para análise dos dados, feita a estatística descritiva dos dados e posteriormente aplicado o modelo estatístico para tomada de decisão: Regressão Logística Ordinal. RESULTADOS: as mulheres encarceradas da Paraíba têm acesso à saúde, porém a qualidade para elas (74,7%) está caracterizada como de pouco e moderado acesso. Os atributos Tempo e Tipo de Crime influenciam a qualidade de acesso à saúde, pois obtiveram dados estatisticamente significativos: tempo de prisão igual ou superior a 2 anos têm 35% de chances a mais de ter mais acesso à saúde; bem como as presas que não cometeram crimes relacionados ao tráfico ou estelionato têm 62% de chances de ter mais acesso à saúde que as detentas que praticaram esse tipo de crimes. Com aplicação da Escala Hospitalar para Ansiedade e Depressão (HADS) evidenciou-se para ansiedade de 74,2% e depressão 69,1% das 178 participantes do estudo. Com análise dos conteúdos das entrevistas com participantes, observam-se fragilidades no acesso à saúde no tocante: qualidade da atenção e quantidade dos profissionais de saúde; medicações, exames e testes a disposição das presas; necessidades no atendimento às demandas nos casos não urgentes e atividades de saúde. CONCLUSÃO: o serviço de saúde prisional possibilita acesso à saúde às mulheres presas, porém é necessário um maior investimento nos recursos humanos, nas atividades de saúde, nos atendimentos de caráter não urgente e na organização do fluxo de atenção à saúde para que esse acesso seja de maior qualidade, uma vez que a privação de liberdade potencializa a vulnerabilidade ao adoecimento físico e mental.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1454201 - RODRIGO PINHEIRO DE TOLEDO VIANNA
Interno - 6331987 - JOAO AGNALDO DO NASCIMENTO
Interno - 6329963 - JOZEMAR PEREIRA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 1024481 - AURILENE JOSEFA CARTAXO DE ARRUDA CAVALCANTI
Externo ao Programa - 2211713 - JOAO EUCLIDES FERNANDES BRAGA
Externo à Instituição - INACIA SATIRO XAVIER DE FRANCA