PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PPGEMA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: SEBASTIÃO SILVA DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SEBASTIÃO SILVA DOS SANTOS
DATA: 29/03/2019
HORA: 13:30
LOCAL: Sala R.G - 109, PPGEMA, CCAE - UFPB
TÍTULO: ÁREA DE VIDA DOS PEIXES-BOI MARINHOS (TRICHECHUS MANATUS) REINTRODUZIDOS
PALAVRAS-CHAVES: Mamíferos aquáticos; peixe-boi; estuários.
PÁGINAS: 34
RESUMO: Dentre os mamíferos aquáticos, um grupo em especial está em risco de extinção, os sirênios, animais herbívoros, com expectativa de vida longa e baixa taxa reprodutiva (ICMBIO, 2011). Nessa ordem existem duas famílias Trichechidae, que inclui todas as espécies de peixe-boi do mundo (Trichechus senegalensis, T. manatus e T. inunguis) e Dugongidae, com só uma espécie atual, Dugong dugon, além da espécie extinta Hydrodamalis gigas, ou vaca marinha de Steller (Bertram & Bertram, 1973). A distribuição dos peixes-boi marinhos é influenciada tanto por aspectos da sua fisiologia, como nutrição e o metabolismo (St. Aubin & Lounsbury, 1990), como por fatores físicos e ambientais, tais como a salinidade, temperatura, profundidade, correnteza e a disponibilidade de vegetação (Lefebvre et al., 2001). No Brasil, os peixes-boi marinhos (Trichechus manatus) constam como “Em Perigo” (ICMBIO, 2018) e internacionalmente, a espécie está classifica como “Vulnerável” (IUCN, 2019). Ao longo da costa brasileira as populações estão distribuídas de forma descontínua, desde o Amapá até Alagoas (LIMA, 1997; LUNA, 2001), com evidências de animais reintroduzidos utilizando o litoral de Sergipe e Bahia. Em diversos locais destas áreas de ocorrência, constata-se intenso processo de degradação, devido as ações antrópicas (ICMBio, 2018). Ao ser considerado os diversos fatores de ameaça existentes e que comprometem seriamente as populações remanescentes de peixes-boi marinhos no Brasil, como parte da estratégia de conservação para a espécie, em 1994 teve início ao Programa de Reintrodução, com a intenção de restabelecer a distribuição geográfica original dos peixes-bois marinhos no Brasil, considerando as áreas em que estes foram extirpados ou encontrava-se em declínio (LIMA et al., 2007). A partir desta iniciativa, o número de peixes-bois marinhos reintroduzidos cresceu de 1994 a 2018, em virtude do aumento no número de espécimes resgatados e consequentemente, solturas realizadas. Por meio destes esforços tem sido possível reconectar as populações isoladas, colonizar áreas de ocorrência histórica e reforçar populações depauperadas (NORMANDE, 2014). Após as solturas realizadas, estes animais estabelecem o uso de diferentes locais, considerando os estuários e áreas costeiras. Com base no padrão de movimento desprendido por estes espécimes, em termos conceituais, a extensão da área utilizada 6 pelos peixes-bois marinhos a partir de seu respectivo local de reintrodução é definida como área de vida, sendo o limite territorial, as posições geográficas extremas alcançadas pelos deslocamentos feitos por cada animal (LIMA, 2008).
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1715703 - FREDERICO GUSTAVO RODRIGUES FRANCA
Presidente - 858.346.025-68 - JOÃO CARLOS GOMES BORGES - UFRPE
Externo ao Programa - 096.932.504-51 - MARIA MAYARA DA SILVA RIBEIRO DE MORAIS - UFPB