PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PPGEMA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: IARA DOS SANTOS MEDEIROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IARA DOS SANTOS MEDEIROS
DATA: 30/09/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Apresentação remota
TÍTULO: DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DOS BOSQUES DE MANGUES E SUA RELAÇÃO COM AS OCORRÊNCIAS DE ENCALHES DE FILHOTES DE PEIXES-BOIS-MARINHOS (Trichechus manatus) NA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: Bosques de mangue, conservação, estuário, áreas marinhas protegidas, sirênios.
PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO: Por diversos fatores antrópicos, os ambientes estuarinos se encontram ameaçados, sendo estes recursos costeiros, intrinsecamente utilizados pelos peixes-bois-marinhos no nordeste do Brasil, o que contribuiu para a criação de áreas costeiras protegidas como uma das estratégias de conservação. Este trabalho teve como objetivo analisar e quantificar a dinâmica espaço-temporal dos manguezais do estado da Paraíba e a relação existente entre os eventos de encalhes dos filhotes de peixes-bois-marinhos. A área de estudo contemplou 10 bosques de mangue distribuídos ao longo do litoral paraibano. Quatro estavam localizados em unidades de conservação (UC) federal: ARIE de Manguezais da Foz do Rio Mamanguape, APA da Barra do Rio Mamanguape, FLONA da Restinga de Cabedelo e RESEX de Acaú-Goiana. As informações sobre os bosques de mangue foram obtidas por imagens de satélite das décadas de 1980 a 2010, considerando o período anterior e posterior à criação das UCs. Foi utilizado um banco de dados com registros de encalhes de 1980 a 2019. Os dados foram analisados por meio de classificação supervisionada, cálculo de área e teste de regressão logística. Os bosques de mangue tiveram na década de 80 as maiores áreas, apresentando redução nos períodos seguintes e com um pequeno acréscimo na última década. O número de encalhes cresceu ao longo dos anos, sendo maior no litoral norte. O menor número de encalhes ocorreu na década de 80, a qual continha os maiores bosques de mangue. A FLONA e a RESEX apresentaram bosques de mangue mais conservados em escala temporal, enquanto, a ARIE e a APA registraram as maiores reduções. A expansão urbana, monocultura de cana-de-açúcar e a carcinicultura foram os principais impactos negativos identificados espacialmente para estas UCs. As constatações obtidas neste estudo, reforçam a essencialidade do ecossistema manguezal para os peixes-bois-marinhos. No que diz respeito a efetividade das UCs, RESEX apresentou maior efetividade na manutenção dos bosques de mangue, enquanto a ARIE apresentou menor efetividade.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1917574 - ELAINE BERNINI
Presidente - 858.346.025-68 - JOÃO CARLOS GOMES BORGES - UFPB
Externo à Instituição - MIRIAM MARMONTEL