PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PPGEMA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: AMANDA SANTANA OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA SANTANA OLIVEIRA
DATA: 29/09/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Apresentação remota
TÍTULO: Evolução fenotípica em modelos de mutualismos entre plantas e insetos herbívoros-polinizadores: interação entre diferentes modos de seleção natural e sexual
PALAVRAS-CHAVES: Diversificação, especiação adaptativa, mutualismo, antagonismo, correlações genéticas.
PÁGINAS: 38
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO: Populações de espécies inseridas em comunidades biológicas multi-específicas podem estar sujeitas a regimes de seleção natural conflitantes advindos de interações ecológicas que podem promover ou restringir a diversificação fenotípica. Outra pressão seletiva que pode influenciar a diversificação é a seleção sexual, tal como ocorre quando há competição por exploração entre machos por fêmeas. Neste estudo, investigamos como diferentes pressões seletivas moldam a evolução e diversificação de traços ecológicos e sexuais sob distintos níveis de correlação genética, usando como referência biológica um conhecido sistema mutualista planta-polinizador/herbívoro. Para isso, desenvolvemos um modelo baseado em indivíduos (IBM) de diversificação adaptativa para modelar a evolução fenotípica da planta (Datura wrightii) e da mariposa, Manduca sexta, sob os efeitos de cinco parâmetros-chave envolvendo (i) força da competição intraespecífica, (ii) impacto da herbivoria nas plantas, (iii) número de parceiros mutualistas individuais envolvidos na interação e a proporção da população da planta avaliada por cada inseto(iv) níveis de correlação genética entre as traços ecológicas e sexuais e (v) força da seleção sexual. Nossas simulações mostraram que, em todos os cenários, nos traços ecológicos e sexuais dos polinizadores não houve diversificação. O traço ecológico da planta pode apresentar diferentes padrões de diversificação, variando de polimorfismos, ciclos de especiação-extinção e irradiações adaptativas, dependendo da combinação paramétrica. Além da competição intraespecífica dependente de frequência, a herbivoria também atua como força diversificadora nesse sistema, enquanto o mutualismo baseado em complementaridade de traços restringe a diversificação ao gerar seleção estabilizadora. Nesse sentido, tanto o aumento do número de parceiros mutualistas quanto a proporção da população da planta que os insetos avaliam atuam restringindo a diversificação. O efeito da correlação genética forte entre os traços ecológico e sexual dos polinizadores é acoplar as dinâmicas evolutivas de ambos os traços, impondo ao padrão emergente de diversificação da planta a direção imposta pela seleção sexual . Nesse sistema, a adaptação e a resposta à seleção constituem um cabo de guerra entre diferentes pressões seletivas. No futuro, modelos que busquem investigar como diferentes forças evolutivas geradas por interações ecológicas e sexuais moldam a evolução fenotípica em metacomunidades podem lançar luz sobre os processos de diversificação adaptativa e especiação ecológica, incrementando nosso entendimento sobre a origem da biodiversidade e embasando estratégias para sua conservação.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JEAN-PHILIPPE GIBERT
Externo à Instituição - MAYRA CADORIN VIDAL
Presidente - 2359485 - RAFAEL LUIS GALDINI RAIMUNDO