PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: MICHELLE BIANCA SANTOS DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHELLE BIANCA SANTOS DANTAS
DATA: 02/12/2019
HORA: 17:00
LOCAL: Centro de Educação
TÍTULO: MITOS BELOS, TRÁGICOS E SACROS: HELENA, NARCISO E PSIQUÉ
PALAVRAS-CHAVES: Beleza. Sacralidade. Tragicidade. Mitologia clássica.
PÁGINAS: 154
RESUMO: A nossa pesquisa objetiva analisar os mitos de Helena, na tragédia de Eurípedes, Narciso, nas Metamorfoses (Ovídio), e Psiqué, em O asno de ouro (Apuleio), observando os paradoxos que deles emanam, a partir da beleza que representam e da vida trágica em que incorrem. Tais problematizações advém das confluências entre as narrativas míticas, com a sua sacralidade original, com um contexto em que se vê crescente o processo de secularização e o apogeu do lógos filosófico na Antiguidade greco-romana. Tradicionalmente vinculadas às cerimonias religiosas, os mitos exerceram grande importância, sendo fundamentais para a paidéia, contribuindo com a formação social e cultural do povo. Entretanto, eles tiveram a sua posição questionada, ao passo em que o florescimento da filosofia demonstrou um novo modo discursivo e de refletir sobre a humanidade. Em nossa hipótese, a beleza encantadora de Helena, Narciso e Psiqué, ao invés de se caracterizar como uma dádiva divina, corresponde, contrariamente, ao destino e/ou a situação funesta que eles irão sofrer. E, para que possamos fundamentar a nossa investigação, construiremos diálogos com alguns autores, a exemplo de Platão e Aristóteles, que muito contribuem com as suas reflexões sobre a poiésis em seus princípios e em sua contextualização social. Para a exposição sobre a estética filosófica, irão nos auxiliar Benedito Nunes (2016), Jean Lacoste (2011), Umberto Eco (2017), Georges Bataille (1987) entre outros. Acerca do mito, o seu aspecto sacro e sua multiplicidade semântica, nos auxiliarão Mircea Eliade, através de escritos como O Sagrado e o profano (2013) e Mito e realidade (2016), e Joseph Campbell, em As máscaras de Deus: mitologia primitiva (1992), em As máscaras de Deus: mitologia ocidental (2004), além de Ernest Cassirer (1992), Northrop Frye (2014), Jean-Pierre Vernant (1990/2006/2008) entre outros. A partir desses interlocutores, alicerçaremos os nossos argumentos em defesa do ‘mito da beleza trágica’, enaltecendo o caráter sacro que, mesmo em um contexto de uma reflexão filosófica pujante, ainda permanece vívido e atuante. Por isso, até mesmo no apogeu da pólis, os mitos subiram no palco e protagonizaram o inaudito e o insólito da vida humana, durante os festivais Dionisíacos. Diante disso, justificamos a relevância do nosso trabalho e destacamos que como metodologia, buscaremos a análise qualitativa e investigativa das proposições e estaremos em constante diálogo com diversas áreas do conhecimento, como requer um estudo em Ciências das Religiões. Salientamos que, para a tessitura de nossos argumentos, faremos uso de uma perspectiva de leitura hermenêutica, através de Hans-Georg Gadamer (1999), e Paul Ricouer (1989).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2884093 - SUELMA DE SOUZA MORAES
Externo ao Programa - 3142189 - MARINEUMA DE OLIVEIRA COSTA CAVALCANTI
Externo à Instituição - ARNALDO BAPTISTA SARAIVA
Externo à Instituição - LUCIANO DA SILVA