PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA (PPGS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
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Notícias


Banca de DEFESA: LAYS LOPES CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAYS LOPES CARVALHO
DATA: 23/02/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Por videoconferência - https://meet.google.com/uxk-bhir-dbh
TÍTULO: ENDOMETRIOSE: UM ESTUDO SOCIOLÓGICO SOBRE A NEGLIGÊNCIA SOCIAL E BIOMÉDICA COM SOFRIMENTO DE MULHERES.
PALAVRAS-CHAVES: Endometriose; Experiência da doença; Sofrimento; Sociologia da saúde; Antropologia da saúde.
PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: Este estudo aborda a partir de uma abordagem sociológica, a experiência de mulheres que vivem com endometriose, tendo como referência as narrativas compartilhadas no ciberespaço sobre suas vivências com a endometriose. Segundo a Biomedicina, a endometriose é uma inflamação que afeta o útero, podendo se estender para outros órgãos. As mulheres que vivem com endometriose sentem dores incapacitantes, desanimam de vivenciar a vida social, podem ter dificuldades em gerar filhos, além de enfrentar descréditos sobre seu sofrimento físico e, em especial, sobre a veracidade e intensidade das dores até mesmo no atendimento médico. Como recursos terapêuticos biomédicos para se conviver com a doença, já que se diz não haver cura, existem tratamentos medicamentosos com anticoncepcionais que abordam a menstruação como principal causa da doença. Porém, o uso contínuo de anticoncepcionais acarreta o aumento do sofrimento, a existência de depressão e outros transtornos. Algumas mulheres apresentam casos graves, como a “endometriose profunda”, que exige intervenção cirúrgica, sendo apenas um tratamento paliativo. Considerada sociologicamente uma doença de longa duração, a endometriose afeta a vida pessoal, familiar e profissional das mulheres. Esta dissertação concentrou-se assim, numa investigação em torno das experiências de adoecimento de mulheres com endometriose, analisando narrativas (desde as primeiras suspeitas ao diagnóstico até as formas saberes destas mulheres sobre a doença, como as apropriações dos conhecimentos médicos e outros processos terapêuticos). O lócus do estudo foram duas páginas privadas do Facebook: “Endometriose profunda”, criada em 2018 e “Endometriose sem censura”, criada em 2017. Estas páginas virtuais são espaços privilegiados onde se compartilham as experiências de dores, angústias, desafios e conquistas. Buscou-se uma atenção maior para estas trocas de informações e saberes acerca dos itinerários terapêuticos, assim como dos agenciamentos dessas mulheres na convivência com a doença e com o próprio corpo. Dos resultados, observou-se que as mulheres vivendo com endometriose se autodenominam de “endometríacas” ou “endomulheres”. Diante das incertezas, as pessoas que vivem com endometriose buscam alternativas para alcançar alguma qualidade de vida, podendo chegar à remissão da doença àquelas que assumem outras estratégias de autocuidado como alternativa de intervenção.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1287701 - ADRIANO AZEVEDO GOMES DE LEON
Presidente - 1177988 - EDNALVA MACIEL NEVES
Externo à Instituição - MARGRET JAEGER
Interno - 1487317 - MONICA LOURDES FRANCH GUTIERREZ