PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (PPGA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOSILENE RIBEIRO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSILENE RIBEIRO DE OLIVEIRA
DATA: 28/02/2023
HORA: 14:30
LOCAL: SALA 502 CCHLA
TÍTULO: ENCARCERAMENTO FEMININO COMO DISPOSITIVO DE (RE)PRODUÇÃO DE VULNERABILIDADES E DESIGUALDADES
PALAVRAS-CHAVES: Mulheres encarceradas. Interseccionalidades. Trabalho no cárcere. Disciplinamento. Presídio Maria Júlia Maranhão.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: A partir do entendimento que a prisão é um dispositivo político de dominação e controle social que se exerce pela regulação dos fluxos, do trânsito de objetos e de pessoas, produzindo e reproduzindo exclusões e desigualdades, o objetivo desta pesquisa é analisar como as diferenças étnico-raciais, socioeconômicas e de gênero se articulam e interferem na situação de encarceramento de mulheres em conflito com a lei. O locus da pesquisa é o Presídio Feminino Maria Júlia Maranhão, onde se realizou um estudo etnográfico com mulheres em cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado, entre fevereiro e junho de 2022. Dados sobre a população carcerária brasileira, sobre a legislação penal, relatórios e outros documentos disponibilizados pela Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba e pelo Departamento Penitenciário Nacional também fazem parte do corpus analisado. Os resultados da investigação apontam que os marcadores sociais das diferenças de gênero, raça e classe se articulam na produção de corpos vulneráveis ao encarceramento e, quando da prisão, na duração da pena, no impacto que esta tem sobre a relação da presa com sua família, na forma como a punição será vivenciada e, até mesmo, na possibilidade de reincidência e chances de sucesso quando da soltura/desencarceramento. Intramuros, observou-se que as atitudes e comportamentos das presas são diligentemente vigiados, nos termos de Foucault, examinados, servindo a classificação e separação das presas “bem-comportadas” (que podem vir a ser “do trabalho”) ‘maloqueiras’ e ‘noiadas’. Dentro da prisão, as disposições sociais adquiridas ao longo do processo de socialização, funcionam como dispositivo de separação das aptas e não aptas ao trabalho interno no cárcere.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1679884 - FLAVIA FERREIRA PIRES
Externo ao Programa - 1779954 - LUZIANA RAMALHO RIBEIRO
Presidente - 2160675 - PATRICIA ALVES RAMIRO