PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS (PPCEM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: TÁCIO FRAGOSO PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TÁCIO FRAGOSO PEREIRA
DATA: 18/10/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Sala do PPCEM
TÍTULO: EMULSÕES À BASE DE ÓLEO DA POLPA DE PEQUI (Caryocar brasiliense) E CARBOXIMETILCELULOSE PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS CUTÂNEAS
PALAVRAS-CHAVES: óleo da polpa de pequi, carboximetilcelulose, emulsões, estabilidade, propriedade biológica.  
PÁGINAS: 132
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
SUBÁREA: Materiais Não-Metálicos
ESPECIALIDADE: Polímeros, Aplicações
RESUMO: A busca por novas formulações farmacêuticas de origem natural e sustentável, que apresentem amplo espectro de propriedades biológicas capazes de otimizar o reparo e a cicatrização de feridas, tem sido foco atual de investigações. Dentre as fruteiras do Cerrado brasileiro, com forte potencial para a exploração sustentada, encontra-se o pequi (Caryocar brasiliense), onde a partir dele, se extrai o óleo da polpa de pequi (OP). No presente estudo, as formulações emulsionadas contendo 1, 3 e 5% (m/m) do óleo da polpa de pequi com e sem carboximetilcelulose (CMC) a 1% (m/m) e 8% (m/m) de Tween 80 foram preparadas usando um agitador mecânico de alta velocidade de rotação e caracterizadas de modo a avaliar sua estabilidade e seu potencial de atividade antimicrobiana. A primeira etapa desse estudo, foi a caracterização do óleo da polpa de pequi através da espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM). Seus resultados indicaram a presença de grupos químicos característicos do próprio óleo e a presença em grande proporção de ácidos graxos, essenciais no processo de reparação tecidual, respectivamente. Na avaliação macroscópica, todas as emulsões se comportaram de forma estável por todo o período de avaliação, estimado em 120 dias, apresentando valores de potencial hidrogeniônico (pH) levemente ácidos compreendidos na faixa de 4,10 – 4,89 para EOP e de 6,50 – 6,89 EOP+CMC; valores compatíveis com a pele. Diâmetro médio hidrodinâmico (DH) inferior a 330 nm e índice de polidispersão (IDP) com médias em torno de 0,3, indicando sistemas com baixa polidispersividade. O potencial Zeta (ζ) exibiu valores negativos, suficientes para estabilizar os sistemas emulsionados. As imagens obtidas pelo (MEV), mostraram que a emulsão EOP1+CMC exibiram estruturas semelhantes a micelas com tamanhos menores, uniformes e bem distribuídos quando comparadas as demais formulações. No resultado reológico, todas as emulsões se comportaram como fluídos não-newtonianos, apresentando características tixotrópicas, consideradas importante para aplicações em formulações farmacêuticas de uso tópico. A atividade antimicrobiana não exibiu a formação de halos de inibição para o óleo da polpa de pequi puro nem para as formulações emulsionadas (EOP+CMC) frente as três cepas em estudo (Staphylococcus aureus, Salmonella entérica e Candida albicans). Embora no presente estudo, a atividade antimicrobiana não tenha sido evidenciada, o óleo da polpa de pequi apresenta em sua composição relevantes compostos bioativos que conferem benefícios essenciais para manutenção da integridade da pele assim como no processo de regeneração e cicatrização de feridas cutâneas, se revelando como potencialmente úteis para fins cosméticos e/ou farmacêuticos. Nesse sentido, sugere-se investigações adicionais como testes in vivo dessas formulações, para avaliar sua resposta biológica no processo de cicatrização de feridas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1855735 - ITAMARA FARIAS LEITE
Interno - 1753238 - AMELIA SEVERINO FERREIRA E SANTOS
Externo ao Programa - 1717729 - FABIOLA DA CRUZ NUNES