PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS (AGROECOLOGIA) (PPGCAG)

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS E AGRÁRIAS (CCHSA)

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Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: ÉRIK SERAFIM DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÉRIK SERAFIM DA SILVA
DATA: 30/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/ins-pnpt-xcc (sala virtual)
TÍTULO: INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EM AGROECOSSISTEMAS DE BASE FAMILIAR NA REGIÃO DA ZONA DA MATA PARAIBANA
PALAVRAS-CHAVES: Agricultura familiar. Agroecologia. Feiras Agroecológicas. Desenvolvimento Sustentável. MESMIS. Produtividade
PÁGINAS: 115
RESUMO: A agricultura é uma atividade importante para o desenvolvimento humano no meio rural, com importante significado social e econômico devido à contínua expansão do consumo dos alimentos em consonância ao crescimento populacional. Atualmente muito se é falado sobre a responsabilidade humana sobre a mudança climática e a execução de uma agricultura sustentável. Asssim busca-se um novo modelo de agricultura, no qual, o aumento da produção e da produtividade dos alimentos ocorra sem que haja o comprometimento da base dos recursos naturais, além do aumento e conservação da biodiversidade. No processo de descoberta e construção de novos conhecimentos a Agroecologia nasceu como um novo método científico capaz de apoiar a transição para práticas agrícolas sustentáveis, contribuindo assim, para o estabelecimento de processos de desenvolvimento rural sustentável. Os indicadores de sustentabilidade em agroecossistemas têm sido propostos como uma importante ferramenta de apoio aos processos decisórios, não apenas locais específicos das unidades agroecológicas, mas também dentro de poderes maiores, como políticas públicas, ampliando e fortalecendo o aprendizado agroecológico, como uma proposta de desenvolvimento rural sustentável. No estado da Paraíba as feiras estabelecem uma comercialização direta do agricultor familiar ao consumidor, de forma subsidiária e solidária. Além disso, é um momento e um espaço de fortalecimento do processo de organização e de estímulo à prática de autogestão desses agricultores. Dessa forma, procuramos entender as contradições que envolvem o processo de formação territorial, a partir de uma perspectiva agroecológica, para compreender o diálogo que envolve a reprodução agrícola camponesa e a experiência de subordinação ao capital e sua representação no território, constituindo uma importante alternativa aos efeitos negativos da produção agrícola capitalista/comercial. O objetivo dessa pesquisa foi selecionar e apresentar um conjunto de indicadores passíveis de utilização, a fim de subsidiar processos de avaliação da sustentabilidade de diferentes agroecossistemas estruturados a partir de unidades de produção familiar que compõe as feiras agroecológicas destinados à promoção da sustentabilidade na região da Zona da Mata paraibana. A dissertação foi elabora em dois capítulos que trazem a pespectiva de sustenbilidade de agroecossitemas num âmbito regional e local com a avaliação de agroecossitemas agroecológicos de agricultores familiares da Zona da Mara paraibana que fazem parte de Organizações de Controle Social registradas no Mininstério de Agricultura, Abastecimento e Pesca, e que comercilizam a sua produção nas feiras agroecológicas na região metropolitana de João Pessoa, no estado da Paraíba. As análises propostas para esse trabalho desenvolveu-se em consonância as etapas do ciclo da avaliação de sustentabilidade do MESMIS. Através de um roteiro semiestruturado este método permitirá elaborar um paralelo entre os indicadores impactantes e os respectivos efeitos gerados (impactos ambientais), ficando explícita a relação “causa x efeito” das atividades agroecológicas que os agricultores vem desempenhando em suas propriedades. Dentro dos indicadores analisados, cada agroecossistema mostrou sua relevância dentro dos parâmetros estabelecidos para avaliação. Quando avaliada o território de Zona da Mata os agroecossistemas apresentaram-se parcialmente sustentável, pois 69% dos indicadores corresponderam a essa classificação, 20% apresentando sustentável e 11% insustentável. Isso demostrou que a zona da mata vive em um processo evolutivo para consolidação da transição agroecológica. Os agroecossistemas quando analisados individualmente, cada um tem seu papel dentro desse processo de sustentabilidade. O agroecossistema “A” apresentou 21% dos seus indicadores como insustentável, 45% parcialmente sustentável e 34% sustentável. O Agroecossistema “B” com 24% insustentáveis, 62% parcialmente sustentável e 14% sustentável. O agroecossistema “C”, com 66% insustentável, 21% parcialmente sustentável e 13% sustentável. Para o agroecossistema “D”, 72% mostraram-se insustentável, 14 % parcialmente sustentável e 14% sustentável e para o agroecossistema “E”, 37% insustentável, 41% parcialmente sustentável e 22% sustentável. Conclui-se que os a falta de assistência técnica e políticas públicas extintas foram fatores contribuites para um desordenamento no processo de transição agroecológica na Zona da Mata paraibana. Essa deficiência é um dos principais fatores de baixa disseminação das tecnologias sustentáveis no campo. Destacam-se também ações e medidas para que os pontos críticos de gestão econômica e socioambiental para que possam reestruturar esses pontos identificados.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2735989 - FILLIPE SILVEIRA MARINI
Externo ao Programa - 1673697 - DENISE DIAS DA CRUZ
Externo à Instituição - PEDRO HENRIQUE RODRIGUES DE MORAES MARTINEZ