PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS (PPgDITM)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: ALINE KELY FELICIO DE SOUSA SANTOS
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINE KELY FELICIO DE SOUSA SANTOS
DATA: 29/11/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E MECANISMO DE AÇÃO DECORRENTE DA ADMINISTRAÇÃO DE 3,4,5-TRIMETOXICINAMATO DE METILA (MTMCA) E 3,4,5-TRIMETOXICINAMATO DE BUTILA (B-TMCA) EM CAMUNDONGOS
PALAVRAS-CHAVES: 3,4,5-trimetoxicinamato de metila, 3,4,5-trimetoxicinamato de butila, fenilpropanoides, atividade antinociceptica, mecanismo de ação, docking.
PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: Os produtos naturais tem sido foco de grandes estudos farmacológicos nas últimas décadas. Os
fenilpropanoides, abundantes nas plantas aromáticas vem ganhado destaque por suas diversas
atividades farmacológicas, com destaque para os derivados do ácido cinâmico. O ácido 3,4,5-
trimetóxi-cinâmico (TMCA), um derivado cinâmico com propriedades farmacológicas bem
definidas na literatura, como sedativas, anticonvulsivantes e imunomoduladoras. 3,4,5-
trimetoxicinamato de metila (M-TMCA) e 3,4,5-trimetoxicinamato de butila (B-TMCA) são
dois análogos do TMCA. Diante da escassez de pesquisas sobre a atividade farmacológica
desses dois análogos, surgiu o interesse em pesquisar a atividade antinociceptiva que incentivou
à realização deste trabalho. Sendo assim, o objetivo do presente foi avaliar os efeitos centrais
decorrentes da administração intraperitoneal de M-TMCA e B-TMCA em modelos de
nocicepção utilizando camundongo machos (Mus musculus Swiss), bem como propor o
mecanismo pelo qual eles atuam como drogas antinociceptivas utilizando estudos in vivo e in
sílico. Os experimentos iniciaram, a partir da determinação da DL50, na qual esta foi estimada
em 500 mg/kg. Em seguida, a triagem farmacológica foi realizada, na qual foi observado um
perfil depressor para ambas as drogas testadas, devido a ambulação diminuída, analgesia,
reflexo do endireitamento e resposta ao toque diminuídos apresentados pelos animais tratados.
O pré-tratamento com M-TMCA e B-TMCA, nas doses de 50, 75 e 100 mg/kg, não alterou a
coordenação motora no teste de rota-rod, excluindo um efeito miorrelaxantes. Em seguida
foram utilizadas metodologia para determinar a atividade antinociceptiva do M-TMCA e BTMCA. No teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, M-TMCA e BTMCA reduziram o número de contorções, quando comparados ao grupo controle, contudo
quando as doses foram comparadas entre si, o B-TMCA na dose de 75 mg/kg foi mais efetivo.
O teste da formalina foi realizado, utilizando as mesmas doses, e foi observado que apenas o
B-TMCA conseguiu reduzir o tempo de lambida na fase neurogênica (0-5 min) do teste,
contudo, ambas as substâncias foram efetivas na fase inflamatória (15-30 min). Sendo assim, o
B-TMCA, na dose de 75 mg/kg foi escolhido para dar prosseguimento aos estudos. Na tentativa
de propor os possíveis mecanismos de ação pelo qual o B-TMCA exerce sua atividade
antinociceptiva foram realizadas análises in sílico, feitas através do docking consenso e
simulações de dinâmica molecular, que demonstraram que o B-TMCA atua através de
interações com a enzima COX-2 e receptores A1 e NMDA. Na tentativa de comprovar se o BTMCA atua sobre o receptor adenosinérgico, administrou-se a cafeína (antagonista não
seletivo) na dose de 10 mg/kg i.p., 15 minutos antes da administração de B-TMCA, e deu-se
prosseguimento ao teste da formalina. A cafeína foi capaz de reverter o efeito antinociceptivo
do B-TMCA, indicando um possível envolvimento na modulação da transmissão nocicepiva
através do sistema adenosinérgico. O sistema glutamatérgico também foi estudado através da
administração de MK-801 (0,15 mg/kg i.p.), antagonista não-competitivo dos receptores
NMDA, seguindo o protocolo do teste do glutamato, no qual após a administração de 20 μL de
uma solução de glutamato (30 μmol/pata) via intraplantar o tempo foi contabilizado por 15
minutos. O B-TMCA foi capaz de reduzir o tempo de lambida da pata bem como o MK-801,
sugerindo assim uma possível interação com o sistema glutamatérgico na redução da
nocicepção.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2211713 - JOAO EUCLIDES FERNANDES BRAGA
Externo à Instituição - LUIZ HENRIQUE AGRA CAVALCANTE SILVA
Interno - 336287 - MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
Externo à Instituição - MARIA DENISE LEITE FERREIRA
Presidente - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA