PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PIPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: FERNANDES ANTONIO BRASILEIRO RODRIGUES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDES ANTONIO BRASILEIRO RODRIGUES
DATA: 26/03/2018
HORA: 09:00
LOCAL: UFPB
TÍTULO: O NÃO ÉTICO DO CAPITAL A PARTIR DO PROJETO ÉTICO POLÍTICO-ECOLÓGICO DE LIBERTAÇÃO EM DUSSEL
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-Chave: Ecológica Material. Ética. Práxis de Libertação. Vítima.
PÁGINAS: 134
RESUMO: RESUMO A pesquisa em análise aspira ampliar e aprofundar os estudos já realizados e em andamento da Filosofia Política da Libertação em Dussel, gênese e evolução assumindo, influência fundamental e decisiva de Karl Marx a esse pensamento, sobretudo a partir do conceito de exterioridade. Esta é entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela e se manifesta como ser livre. É a partir da exterioridade como sendo a categoria principal do pensamento marxiano e pressuposto teórico fundamental, que o discurso de Dussel torna-se viável, em particular, na opção pela vítima, que se constituiu como o distintivo em seu pensar filosófico. O trabalho tem como objetivo de estudo a investigação do não ético do capital implícita na relação social de produção, perpassando o campo político-ecológico, em que a humanidade do homem é negada e que carece de explicação filosófica. Diante disso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma parcialidade pela vítima: o seu pensar é dirigido e construído, propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o de mostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensamento enquanto Filosofia da Libertação, passando pela Ética, pela Política e pela Ecológica, tomando a mediação política para chegar a Ecológica material da Libertação. Para isso, como estratégia de abordagem, as categorias exterioridade e libertação sinalizam a análise filosófica para a aproximação necessária com o tema investigado, através da leitura das principais obras de Dussel, em diálogo com a filosofia da práxis de Marx. Como desdobramento da hipótese levantada, intenciona-se mostrar como a opção pela vítima exige da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica de pensamento, sob quatro perspectivas: situar historicamente Dussel, a História da Filosofia em América e a Filosofia da Libertação, no sentido de expressar o eco dos oprimidos desde sua origem; através de uma Ética da Libertação, enquanto pretensão crítica da modernidade; de uma Ética da Libertação desde uma releitura marxista de Dussel, norteada pela categoria do trabalho vivo que indica a exploração e dominação do trabalhador, da vítima; e de uma Ecológica da Libertação, exigindo uma Práxis Política de Libertação fundada numa reflexão Ecológica Material. Então, o trabalho filosófico está desafiado e provocado pela necessidade real de ir ao auxílio à vítima, exigência do povo latino-americano em seu caminho de libertação. Quanto aos resultados, para além das influências atuais do pensador Karl Marx à compreensão da realidade e a crítica ao sistema capitalista, ressalta-se a relevância teórico-prática do grande filósofo Enrique Dussel para com o campo filosófico ecológico que entrecruza todos demais, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo tão conturbado, pela coragem em apontar rumo à outra sociedade que esteja para além desta, moderna e capitalista que oprime e massacra o trabalhador.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 332380 - ANTONIO RUFINO VIEIRA
Presidente - 3142936 - BARTOLOMEU LEITE DA SILVA
Externo ao Programa - 2008675 - TANIA RODRIGUES PALHANO