PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: JACQUELINE MATIAS DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JACQUELINE MATIAS DOS SANTOS
DATA: 27/09/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório 1 da Central de Aulas - UFPB
TÍTULO: PREVALÊNCIA E VULNERABILIDADES DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
PALAVRAS-CHAVES: Psicologia Social; Violência Obstétrica; Vulnerabilidades
PÁGINAS: 90
RESUMO: Introdução: A Violência Obstétrica (VO) pode ser considerada como sendo todos os atos praticados contra a mulher no exercício de sua saúde sexual e reprodutiva, podendo ser cometida por profissionais de saúde, servidores públicos, profissionais técnico-administrativos de instituições públicas e privadas, bem como civis. Entendendo que as vulnerabilidades inseridas na VO vão além da dicotomia entre o individual e o coletivo, mas sim de uma totalidade compreensiva, utiliza-se como aporte teórico o conceito de Vulnerabilidades proposto por Ayres e a categoria teórica de Violência Obstétrica. Objetivo: Partindo da premissa que aspectos socioeconômicos, demográficos e organizacionais estão associados às vulnerabilidades encontradas no contexto de Violência Obstétrica, este estudo tem como objetivo geral analisar a prevalência e os aspectos das vulnerabilidades à Violência Obstétrica sofrida por mulheres no estado da Paraíba. Método: Estudo 1 - Relatos de violência obstétrica e percepções de vulnerabilidades individual, social e programática. Estudo quanti-qualitativo, exploratório e transversal com amostra composta por 106 mulheres da população geral. Critérios de inclusão: ter mais de 18 anos no momento da coleta de dados e ter notadamente percebido que sofreu violência obstétrica. Foram utilizados 3 instrumentos organizados em formato de questionário autoaplicável: Técnica de Associação Livre de Palavras com um estímulo: “Quando você lembra da Violência Obstétrica no seu parto, quais são as três primeiras palavras que vem à sua cabeça?”; Questionário sociodemográfico; Questionário sobre percepções de vulnerabilidades relativas à VO composto por dez questões e a solicitação do relato da violência. Estudo 2 - Prevalência da violência obstétrica no estado da Paraíba. Estudo 3 - Testagem do modelo explicativo das vulnerabilidades à violência obstétrica a partir das variáveis socioeconômicas e organizacionais. Resultados: Estudo 1 - as evocações da vivência foram representadas desde uma perspectiva de suas próprias condições físicas e psicológicas (dor, medo, raiva, vergonha, humilhação, tristeza, impotência, entre outras) até das relações interpessoais entre elas e as pessoas que cometeram a violência (abuso, negligência, irresponsabilidade, “fazer foi bom”, “não grita”, entre outras). Os relatos de violência demonstram a figura central do médico na cena de violência seguido pela do enfermeiro, responsáveis pelas intervenções físicas e verbais. A palavra hora permite o o entendimento de uma necessidade de avaliação temporal do processo de nascimento associadas a dor física. A percepção de vulnerabilidade individual emergiu 4 categorias: conhecimento, escolha da via de parto, interação em cena e denúncia. A percepção de vulnerabilidade social emergiu 3 categorias: conhecimento, hierarquia das relações, denúncia e mobilização social. A percepção de vulnerabilidade programática emergiu 5 categorias: relação hierárquica e autoritária, assistência não baseada em evidências, humanização da assistência, percepção de negligência, efetivação dos direitos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Interno - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Externo ao Programa - 1093189 - IRIA RAQUEL BORGES WIESE