PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: TÁTILA RAYANE DE SAMPAIO BRITO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TÁTILA RAYANE DE SAMPAIO BRITO
DATA: 30/10/2019
HORA: 09:30
LOCAL: CCHLA 404B
TÍTULO: NÃO SOU RACISTA, ATÉ TENHO AMIGOS NEGROS: O PAPEL EGODEFENSIVO DAS JUSTIFICAÇÕES DO RACISMO
PALAVRAS-CHAVES: Preconceito, Autoestima, Justificações, Racismo; Normas Sociais.
PÁGINAS: 110
RESUMO: Atitudes e comportamentos racistas têm resistido fortemente à norma anti-racismo. A psicologia social da legitimação das desigualdades sociais tem sugerido que isto ocorre porque as pessoas usam justificações para atenuar as consequências psicológicas e sociais do seu comportamento discriminatório. No entanto, a literatura a este respeito ainda não elucidou se o simples ato de justificar o próprio comportamento racista é suficiente para proteger a imagem privada e social dos perpetradores do racismo. A presente tese aborda essa questão propondo a hipótese de que as pessoas elaboram espontaneamente justificações para os seus comportamentos discriminatórios contra grupos protegidos pela norma anti-racismo, protegendo assim a sua autoestima e a sua imagem social. Num Pré-teste (N = 100), identificamos que o grupo dos negros é mais protegido pela norma anti-preconceito no contexto brasileiro e, portanto, que mais ameaça o autoconceito igualitário das pessoas. No Estudo 1 (N = 203), mostramos que a autoestima implícita dos participantes é afetada quando são acusados de serem racistas, mas não quando elaboram justificações para o seu comportamento. No Estudo 2 (N = 102), mostramos que o simples ato de justificar atenua os impactos negativos na autoestima implícita dos participantes acusados de racismo. No Estudo 3 (N =137), replicamos os resultados anteriores noutro contexto cultural (i.e., Espanha). O Estudo 4 (N = 196) foi além ao mostrar que o impacto negativo de ser acusado de racista ocorre na gestão da imagem social dos participantes mais igualitários, sendo esse impacto anulado quando justificam o seu comportamento racista. O Estudo 5 analisará os tipos específicos de justificação que são mais eficazes na proteção da autoestima e da imagem social dos participantes. Em geral, os resultados confirmam as hipóteses propostas e contribuem para a agenda de estudos sobre processos que legitimam o preconceito.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2204608 - CICERO ROBERTO PEREIRA
Interno - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Externo à Instituição - LUANA ELAYNE CUNHA DE SOUZA