PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ISABELLE TAVARES AMORIM

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELLE TAVARES AMORIM
DATA: 27/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: CRENÇAS SOCIETAIS ACERCA DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO
PALAVRAS-CHAVES: violência de gênero, crenças, psicometria, variáveis sociodemográficas
PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: RESUMO: Partindo da tese de que elementos de cunho sociodemograficos e socioeconômicos podem refletir na forma como o indivíduo enxerga e avalia o mundo que o rodeia, de modo que as influências de tais elementos também podem contribuir no processo de construção, manutenção e compartilhamento das crenças sobre violência de gênero, emergiu-se como objetivo geral analisar as crenças societais acerca da violência de gênero, propôs-se a realização de dois estudos com amostras independentes. O primeiro estudo avaliou os parâmetros psicométricos da Escala de Crenças Societais de Legitimação das Violências de Gênero para população adulta. A partir da Técnica de Associação Livre de Palavras aplicadas a 201 estudantes do ensino médio, obteve-se 61 itens, agrupados em cinco subescalas pré-determinadas a partir da classificação da Lei Maria da Penha, posteriormente aplicados a uma amostra de 202 adultos. Foi utilizado Análise Fatorial pelo método dos Componentes Principais e o alfa de Cronbach para avaliar os índices de consistência interna. A análise de variância e a comparação de médias (par a par) foi feita pela análise de variância one-way (ANOVA), verificando-se a significância das diferenças pelo teste de Tukey. Como resultado, obteve-se uma estrutura unifatorial para todas as subescalas: (1)Violência Sexual,13 itens explicando 41,4% da variância e Alpha de Cronbach de 0,858; (2)Violência Psicológica, 14 itens explicando 39,3% da variância e Alpha de Cronbach de 0,871; (3) Violência Física, 13 itens explicando 40,8% da variância e Alpha de Cronbach de 0,849; (4) Violência Patrimonial, 08 itens explicando 46,3% da variância e Alpha de Cronbach de 0,820; e (5) Violência Moral , 12 itens explicando 43,3% da variância e Alpha de Cronbach de 0,849. A análise de variância (ANOVA) e o Teste de Tukey apontaram significância das diferenças entre as médias dos itens. Concluiu-se que, apesar da necessidade de coletar mais informações que suportem essas propriedades psicométricas, principalmente no aumento da variabilidade de respostas, os resultados apontam evidências de validade de conteúdo e de critério, assim como consistência interna da medida. O segundo estudo objetivou identificar a tipologia modal das crenças societais acerca da violência de gênero e verificar a influência das variáveis socioeconômicas e institucionais associadas. A amostra foi composta por 202 participantes, via plataformas online, sendo, 59,9% do sexo feminino, com idade variando de 19 a 59 anos, sendo 68% na faixa etária de 18 a 29 anos, que responderam a “Escala de Crenças Legitimadoras da Violência de Gênero para Adultos” e um questionário incluindo aspectos socioeconômicos, analisados por estatística descritiva, teste de associação (ANOVA e Test t), correlação de Pearson e Regressão Multivariada (Stepwise). Os resultados evidenciaram maior explicação da Violência Física (R²=,844), apresentando três variáveis preditoras: Faixa etária, (5% da variância); Afiliação Religiosa (5% de explicação); Sexo e Renda Familiar (com 5% e 2% de predição respectivamente). Violência Moral: Religiosidade (6%); Sexo (5%) e; Estado Civil (2%). Violência Psicológica foi predita pelo sexo (6%), religiosidade (7%) e estado civil (3%). Violência Patrimonial com sexo (5%), afiliação religiosa (7%), identidade racial (2%), estado civil (2%) e; escolaridade (2%). Por fim, a Violência Sexual com Afiliação Religiosa (6%), Faixa Etária (4%) e Sexo (3%). A Violência de Gênero deve ser entendida como estrutural porque se materializa em qualquer aspecto da vida e é transmitida a partir dos mecanismos de socialização. Por fim, no Capítulo Final, são feitas considerações gerais na interseção entre a teoria proposta e os resultados alcançados.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Interno - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Externo à Instituição - FLAVIO LUCIO ALMEIDA LIMA
Externo à Instituição - JULIANA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE LINS
Externo à Instituição - MICHAEL AUGUSTO SOUZA DE LIMA