PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FRANCIANE FONSECA TEIXEIRA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCIANE FONSECA TEIXEIRA SILVA
DATA: 24/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Skype
TÍTULO: PROCESSOS DE ESTIGMATIZAÇÃO, ATRIBUIÇÃO DE CAUSALIDADE E RESILIÊNCIA EM FAMÍLIAS NO CONTEXTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA.
PALAVRAS-CHAVES: Dependência Química; Resiliência Familiar, Atribuição Causal; Estigma.
PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Papéis e Estruturas Sociais; Indivíduo
RESUMO: Essa tese tem como objetivo analisar os processos de estigmatização, atribuição de causalidade e resiliência por familiares de pessoas em dependência química. Foi realizado um estudo transversal, exploratório e descritivo, com design quantitativo e amostragem não probabilística (por conveniência) e dependente (a mesma amostra para todos os estudos), contabilizando 111 participantes com idade entre variando entre 18 e 70 anos, a maioria do sexo feminino, casados com escolaridade alta. A coleta se deu via formulário eletrônico online, segundo as resoluções do Conselho de Ética vigente e armazenados no servidor da internet. Os resultados foram organizados em quatro artigos. O primeiro artigo objetivou o identificar as causas atribuídas pelo familiar à dependência química do membro familiar, considerando sua localização/internalidade (interna ou externa ao indivíduo), estabilidade (estáveis/instáveis) e controlabilidade. Fundamentado no Modelo Atribucional de Ação (Weiner, 1972), utilizou a Escala de Lócus de Controle Parental na Saúde. Os resultados apontaram instabilidade (tratamento de desintoxicação + recaída) para 52% dos dependentes químicos sendo atribuida localização de controle externo, no caso ao campo da medicina, especificamente ao hospital, médico e psiquiatra ou ao fatalismo. O segundo artigo visou identificar a percepção do estigma sofrido, assim como a rejeição interpessoal ligada ao estigma em decorrência de um membro familiar dependente químico. Pautado nos estudos de Goffman (1988), foi usado como instrumento a Escala de Estigma Percebido (Soares, 2011). Os resultados indicam a presença de estigma internalizado moderado, com as maiores médias e correlação nos fatores Aprovação do Estereótipo seguido da Resistencia ao Estigma. Não foi encontrado diferença estatística significante entre a percepção de estigma em relação a tipificação da substância psicoativa. Confirma-se, assim, que a percepção do estigma dirigido ao seu grupo de pertença resulta em autopercepções negativas ao tomar para si os estereótipos e estigmas sociais acerca do familiar dependente químico. O terceiro artigo, fundamentado no modelo de Resiliência, Stress, Ajustamento e Adaptação Familiar (McCubbin & McCubbin, 1993), teve como objetivo de verificar a capacidade de resiliência familiar considerando a Coerência, Flexibilidade, Envolvimento e Suporte Social. Fez-se o uso do Questionário de Resiliência, Stress, Ajustamento e Adaptação Familiar que permitiu avaliar a forma como a família responde a situações de stress e de crise. O quarto artigo visou verificar a correlação entre as variáveis relativas à Atribuição de Causalidade, Percepção de Estigma e os fatores da Resiliência Familiar. Para tanto, foi utilizada estatística descritiva e multivariada para correlacionar e analisar as variáveis identificadas nos estudos anteriores. Espera-se contribuir na construção de intervenções terapêutica partir da perspectiva da família do dependente químico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Interno - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Externo ao Programa - 3220943 - DENISE PEREIRA DOS SANTOS
Externo à Instituição - KARLA CAROLINA SILVEIRA RIBEIRO
Externo à Instituição - LUCIA ROBERTTA MATOS SILVA DOS SANTOS