PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS (PPGCC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANDRÉ SEKUNDA GALLINA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ SEKUNDA GALLINA
DATA: 15/12/2021
HORA: 13:00
LOCAL: Plataforma Digital
TÍTULO: A INFORMAÇÃO CONTÁBIL EXPLICA O RISCO DE CRÉDITO?
PALAVRAS-CHAVES: Informação contábil; Risco de crédito; Investimentos.
PÁGINAS: 93
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Ciências Contábeis
RESUMO: Esta tese tem como objetivo analisar a relação existente entre a informação contábil agregada e o risco de crédito. A informação contábil, conforme discutido na literatura, tem diversas propriedades úteis, contribuindo para a compreensão do comportamento de preços no mercado de ações, a estimação de fluxos de caixa futuros e dos lucros das companhias ou a análise do risco individual de companhias e de setores econômicos. Além disso, pelo fato de a informação contábil carregar elementos da economia real, também é útil para compreender e prever variáveis macroeconômicas como o PIB, inflação, desemprego e outras. No entanto, são escassos os estudos que objetivam analisar a relação entre a informação contábil e o risco de crédito (no nível macroeconômico). Por sua vez, a Hipótese da Fragilidade Financeira (HFF) constitui uma corrente de investigação das Ciências Econômicas que analisa o risco de uma economia a partir de características da dívida dos agentes econômicos, sendo, portanto, possível mensurar o nível de fragilidade financeira por meio da informação contábil. Embora a fragilidade financeira possa ser evidenciada pela informação contábil das firmas, não se verificou na literatura atualmente existente pesquisas analisando a relação entre fragilidade financeira e risco de crédito. Visando colmatar essa lacuna, a presente pesquisa propõe investigar a relação entre a informação contábil e o risco de crédito à luz da informatividade da informação contábil e da HFF. A partir desse aporte teórico, são formuladas duas hipóteses para a pesquisa: Hipótese 1 (Primeiro artigo) – A fragilidade financeira agregada das firmas, estimada com base na informação contábil da estrutura de endividamento, explica o risco de crédito, e Hipótese 2 (Segundo artigo) – A informação contábil das firmas, agregada, é útil para explicar o risco de crédito soberano no nível país. Para testá-las, a tese parte de uma abordagem quantitativa, com emprego de modelos de vetores autorregressivos (VAR), realizando análise de impulsoresposta e decomposição da variância. A amostra é composta empresas do G-7 e BRICS com dados de 2001 a 2019 (excluído o ano de 2020 em função da pandemia da COVID19). Como principais achados verificou-se que, no tocante à análise da fragilidade financeira das firmas estimada a partir da informação contábil, tem-se que tal medida é útil para explicar o comportamento do risco de crédito soberano, tanto na amostra de países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento, embora com níveis reduzidos de poder de explicação quando analisada a decomposição da variância do erro do risco de crédito pela fragilidade financeira. Já no tocante à análise direta da informação contábil e do risco de crédito, as evidências são no sentido de que choques na informação contábil resultam em respostas significativas no risco de crédito, resultado esperado e condizente com a teoria contábil (Ball & Brown). No entanto, nem sempre o sinal verificado na resposta ao choque comporta-se conforme o esperado, em especial na análise setorial. Com isso tem-se que as duas hipóteses da pesquisa são suportadas pela evidência empírica. Os achados são potencialmente úteis para o mercado, em especial a indústria de investimentos, pois com emprego da análise de risco proposta na tese, e considerando que a informação contábil constitui uma fonte confiável de informação, pode-se tomar decisões de forma mais célere e menos onerosa no que tange à alocação de capitais, e para preparadores de normas e governos em geral, uma vez que podem contribuir com melhores ações de planejamento e execução de políticas macroeconômicas. Além disso, os resultados podem ser úteis à preparadores de normas e governos em geral, uma vez que podem contribuir com melhores ações de planejamento e execução de políticas macroeconômicas empregando informações contábeis.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 119.581.188-85 - EDILSON PAULO - UFSC
Externo à Instituição - FERNANDO ANTÔNIO DE BARROS JÚNIOR
Externo à Instituição - JOSÉ ALONSO BORBA
Interno - 1030203 - PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
Externo à Instituição - WAGNER MOURA LAMOUNIER