PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: WHALAMYS LOURENÇO DE ARAUJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WHALAMYS LOURENÇO DE ARAUJO
DATA: 12/04/2019
HORA: 08:30
LOCAL: AUDITÓRIO PPGA
TÍTULO: Toxicidade de inseticidas a abelhas sem ferrão
PALAVRAS-CHAVES: -Melipona subnitida, Melipona scutelaris, Nannotrigona testaceicornis, Inseticidas, Polinizadores.
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Entomologia Agrícola
RESUMO: -As abelhas sem ferrao ou meliponinios sao importantes agentes de polinizacao e bioindicadores da qualidade ambiental; alem de sua importancia socioeconomica para agricultura familiar, uma vez que sua criacao racional tem como produtos mel, propolis, cera, etc, que sao comercializados. No entanto, estas especies de meliponineos se encontram em processo acelerado de desaparecimento. Diversas acoes tem colaborado para isto, e o uso demasiado de defensivos agricolas esta entre as principais causa. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de defensivos agricolas utilizados na cultura do meloeiro e de citros sobre especies de abelhas sem ferrao. Para tanto, ensaios experimentais foram conduzidos no Laboratorio de Entomologia do Centro de Ciencias Agrarias da Universidade Federal da Paraiba. Os defensivos agricolas comerciais utilizados nos testes foram os dos grupos Neonicotinoide [Actara® 250 WG – Tiametoxam (T1) e Evidence® 700 WG – Imidacloprido (T2)], Piretroide [Decis® 25 EC – Deltametrina (T3) e Talstar® 100 EC – Bifentrina (T6)], Organofosforado [Sabre® 450 EW – Clorpirifos (T4)] e Biologico (Boots® – Bacilos Thungiriensis (T5)], nas dosagens medianas recomendadas pelos fabricantes para o controle de pragas do meloeiro e citros sobre a especie Jandaira (Melipona subnitida) e Urucu (Melipona scutelaris), respectivamente; e sobre a especie Irai (Nannotrigona testaceicornis) foram avaliados a toxicidade dos inseticidas com ingredientes ativos Tiametoxam (T1) e Clorpirifos (T2), nas dosagens medianas recomendadas pelos fabricantes para o controle de pragas do citros. As pesagens e quantificacoes dos produtos para preparo das caldas foram feitas com o auxilio de balanca de precisao e seringas, dadas em grama do produto comercial (g p.c.) e mililitros (ml), respectivamente. A exposicao das abelhas Jandaira e Urucu aos produtos foi realizada por meio de pulverizacao topica (Ensaio I), e a exposicao da abelha Irai foi por meio de duas vias: por nebulizacao das caldas quimicas diretamente nas abelhas e por contato com superficies tratadas por nebulizacao (Ensaio II). Em ambos os ensaios o tratamento testemunha (T0) constou de uma solucao a base de agua natural tratada. Os ensaios foram dispostos em Delineamento Inteiramente Casualizado, sendo o Ensaio I com 7 tratamentos, 10 repeticoes contendo 10 insetos cada; e o Ensaio II com 3 tratamentos, 10 repeticoes contendo 10 insetos cada, e 2 formas de contaminacao independentes. No Ensaio I, As abelhas foram capturadas de suas caixas/ninho e confinadas em potes plasticos vedados com tampas perfuradas para ventilacao. Para exposicao das abelhas aos produtos, o conteudo de 0,2 ml de calda foi pulverizado em cada repeticao, com o auxilio de seringas. As dosagens utilizadas em Jandaira foram T0: Agua natural tratada; T1: 0,4 g p.c.; T2: 0,3 g p.c.; T3: 0,03 ml p.c.; T4: 0,1 ml p.c.; T5: 0,33 ml p.c.; e T6: 0,1 ml p.c.; e as dosagens utilizadas para pulverizacao em Urucu foram T0: Agua natural tratada; T1: 0,02 g p.c; T2: 0,01 g p.c; T3: 0,03 ml p.c.; T4: 0,1 ml p.c.; T5: 0,33 ml p.c.; e T6: 0,02 ml p.c. No Ensaio II, utilizou-se mesma a metodologia para preparo das caldas e condicionamento das abelhas. Para exposicao das abelhas aos produtos, foram utilizadas as dosagens dos tratamentos T0: Agua natural tratada; T1: 0,02 g p.c; e T4: 0,1 ml p.c. Para tanto, o conteudo de ± 20 μL de calda quimica por repeticao foi aplicado via nebulizacao diretamente nas abelhas, acondicionadas nos potes. O mesmo conteudo foi aplicado via nebulizacao nos potes plasticos sem as abelhas, que depois foram postos pra secar, e posteriormente receber as abelhas, configurando a contaminacao via contato com superficie tratada por nebulizacao. Apos a contaminacao, os potes foram mantidos em condicoes ambientes. Para as observacoes, obedeceu-se o intervalo de uma; duas; tres; quatro; cinco; seis; nove; 12; 15; 18; 21; 24, 30, 36, 42, 48, 60, 72 e 96 horas, apos o inicio da exposicao das abelhas aos produtos, sendo as observacoes iniciais constantes, ate as primeiras 3 horas, para avaliacao comportamental dos insetos. Em ambos os ansaios, foi contabilizada a taxa de mortalidade. Os dados obtidos foram submetidos a analise de sobrevivencia, realizada por meio do programa GraphPad Prism (v.5 for Mac). Foi calculada a mediana do tempo de sobrevivencia com intervalo confianca de 95% e diferencas significativas entre grupos, estimados usando teste de Kaplan–Meier seguido por log-rank test, com nivel de significancia de p<0,05. No Ensaio I, todos os defensivos agricolas avaliados foram toxicos as abelhas sem ferrao Jandaira (Melipona subnitida) e Urucu (Melipona scutelaris), ate 24 horas apos contaminacao dos insetos, nas condicoes testadas. No ensaio II, o inseticida Neonicotinoide Actara® 250 WG – Tiametoxam foi toxico a abelha Irai (Nannotrigona testaceicornis), independente da forma de exposicao, enquanto que o inseticida Organofosforado Sabre® 450 EW – Clorpirifos foi mais toxico quando exposto via nebulizacao direta sobre as abelhas, que quando exposto via residual em superficie pelas abelhas contatadas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1126094 - JACINTO DE LUNA BATISTA
Externo ao Programa - 1640411 - MARIA JOSE ARAUJO WANDERLEY
Externo ao Programa - 2569914 - NIVANIA PEREIRA DA COSTA MENEZES
Externo à Instituição - PATRÍCIO BORGES MARACAJÁ
Externo à Instituição - ROSILENE AGRA DA SILVA
Externo à Instituição - WENNIA RAFAELLY SOUZA FIGUEIREDO