PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

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Banca de DEFESA: ANTONIO FERNANDO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO FERNANDO DA SILVA
DATA: 31/10/2019
HORA: 13:00
LOCAL: Laboratório de Biologia e Tecnologia Pós-Colheita
TÍTULO: POTENCIAL FUNCIONAL E PERFIS DE COMPOSTOS FENÓLICOS, CAROTENÓIDES E FIBRAS DE CULTIVARES DE LARANJAS E TANGERINAS E CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DA TANGERINA ‘DANCY’ DA CITRICULTURA FAMILIAR
PALAVRAS-CHAVES: Padrões de qualidade, conservação pós-colheita, NADES, Fibras, Perfil de fenólicos, Fenólicos ligados, perfil de fibras, perfil de carotenoides.
PÁGINAS: 154
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
ESPECIALIDADE: Fisiologia de Plantas Cultivadas
RESUMO: O Território da Borborema-PB produz laranjas e tangerinas que suprem o mercado regional, cuja qualidade exige estudos aprofundados de valorização buscando os mercados emergentes mais competitivos e demandantes de inovação. Nesse contexto, se faz necessária a definição de padrões de identidade e qualidade, diferenciais de perfil de compostos com potencial funcional, além de alternativas para a conservação pós-colheita dos frutos frescos pelo emprego de tecnologias de recobrimento biodegradáveis para frutos frescos. Baseado no exporto este trabalho avaliou laranjas e tangerinas do Território da Borborema mediante a realização de três experimentos: I –Avaliação da qualidade dos frutos de laranjeiras doce durante a maturação: II – Caracterização dos compostos bioativos e atividade antioxidante da casca e polpa de cultivares de laranjas e tangerinas e III - Conservação pós-colheita de tangerina com filme de amido adicionado de solvente natural eutético profundo. No Experimento I avaliou utilizou-se um DIC, fatorial 3x3 para avaliar a qualidade dos frutos, com três cultivares (‘Baía’, ‘Comum’ e ‘Mimo-do-Céu’), três estádios de maturação C1 (predominantemente verde); C2 (verde amarelado) e C3 (amarelo), com 60 repetições de um fruto para as avaliações físicas e 4 de 15 frutos para as demais. Foram realizadas avaliações físicas e físico-químicas da casca e do suco. Os polifenóis extraíveis totais (PET) e atividade antioxidante total (AAT) foram determinados pelos métodos ABTS e DPPH no suco e albedo. As laranjas ‘Baia’ e ‘Mimo-do-Céu’ apresentam parâmetros de qualidade que se enquadram nas normas de qualidade do CEAGESP. Em média o teor de ácido ascórbico foi superior a 45 mg.100g-1, sendo a ‘Mimo-do-Céu’ com maior teor (50,26 mg.100g-1). Durante a maturação a firmeza diminuiu e os sólidos solúveis, PET e a AAT do suco e do albedo aumentaram. Em geral, o albedo apresentou teor de PET cerca de oito vezes superiores ao do suco, que refletiu em AAT bem superior nesta porção que, portanto, se destacou pelo elevado potencial funcional, principalmente na laranja ‘Baía’. No Experimento II, o perfil de compostos bioativos foi avaliado nas cascas dos frutos de dez cultivares de laranjas (Baianinha, Salustiana, Rubi, Westin, Sincorá, Lima, Baia, Comum, Mimo, Pera) e 6 de tangerinas (Piemonte, Clemenules, Page, Dancy, Ponkan e Murcot) cada uma com quatro repetições. Foram analisados os perfis de fibras, minerais, compostos fenólicos livres e ligados, carotenoides das cascas; além da atividade antioxidante pelos métodos dos radicais ABTS, DPPH e ORAC. As cascas dos citros analisadas neste estudo possuem altas quantidades de fibras solúveis (20,74% MS) e insolúveis (36,13% MS), além de Calcio (447,87 mg.100g-1), Potássio (978,72 mg.100g-1) e Magnésio (99,88 mg.100g-1). São ricas em compostos bioativos como ácidos fenólicos e flavonoides; destacando-se as cascas de tangerina Dancy que apresentou maiores valores de polifenóis extraíveis totais livres (1,46 g GAE. 100g-1 MS) que foi proporcionado pelas altas quantidades de Hesperidina (239,99 mg.100g-1), Tangeritina (46,94 mg.100g-1), Ácido Clorogenico (118,05 mg.100g-1) e Ácido Cafeico (86,76 mg.100g-1) e ligados (0,95 g GAE. 100g-1 MS) também proporcionado pelo aporte elevado de Hesperidina (1066,22 mg.100g-1), Tangeritina (12,57 mg.100g-1), Ácido Isoferrulico (343,12 mg.100g-1) e Acido p-coumarico (60,03 mg.100g-1). Os carotenoides totais das cultivares de tangerinas são maiores tanto na casca seca (43,57 mg.100g-1) quanto da polpa liofilizada (85,23 mg.100g-1) do que os das laranjas (casca 15,34 e polpa 7,68), para tangerinas os conteúdos de carotenoides totais da polpa liofilizada é cerca de duas vezes superior ao da cascas seca; enquanto que para as laranjas ocorre o contrário, a quantidade de carotenoides da polpa é cerca de duas vezes inferior ao da casca. O perfil de carotenoides por HPLC, mostrou que as cascas possuem maior conteúdo de carotenoides que a polpa tanto na laranja quanto na tangerina. A atividade antioxidante medidas nos extratos metanólicos de cascas de laranjas e tangerinas pelos métodos de ABTS, DPPH e ORAC e nos extratos obtidos pela hidrolise básica (fenólicos ligados), ABTS, DPPH e ORAC confirmam o potencial bioativo das cascas de citrus e a sua capacidade de eliminar os radicais livres, destacando-se mais uma vez a tangerina Dancy que apresentou maiores valores no extrato dos fenólicos ligados nos três métodos. As cascas de citrus possuem características de qualidade que podem permitir sua utilização como matriz alimentar com alta valorização no mercado, pois possuem excelente teor de fibra alimentar e minerais, essenciais na dieta humana, além de elevados conteúdos de compostos bioativos reconhecidos como protetores de doenças cancerígenas e cardiovasculares, podendo ser extraídos e utilizados pelas indústrias cosméticas, farmacêutica e alimentícia. No Experimento III, foi avaliado a conservação pós-colheita da tangerina Dancy, sendo utilizados fécula de mandioca (F) e amido de jaca (J), associado à glicerol (GLI) ou a solvente Natural eutético profundo (NADES) em cinco tratamentos (FM+NADES), (FM+GLI), (FJ+NADES), (FJ+GLI) e o controle, avaliados em cinco períodos, durante 30 dias, com quatro repetições e três frutos por repetição. Foi avaliado a atividade respiratória, perda de massa, a evolução da coloração da casca, firmeza, pH, sólidos solúveis, acidez titulável, SS/AT e ácido ascórbico. Os recobrimentos FM+NADES e FJ+NADES retardaram a maturação e mantiveram a qualidades e a aparência da tangerina Dancy por mais 10 dias de armazenamento com relação ao controle, o que indica o potencial estes recobrimentos em possibilitar maior tempo na logística de transito e comercialização destes frutos, como uma tecnologia limpa, prática e alimentarmente segura. NADES proporcionou um recobrimento mais eficiente na conservação pós-colheita do que os contendo glicerol e possibilitou o desenvolvimento mais gradual e uniforme da coloração das cascas alaranjada dos frutos de tangerinas Dancy da citricultura familiar do Território da Borborema.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338246 - SILVANDA DE MELO SILVA
Interno - 1347485 - REJANE MARIA NUNES MENDONCA
Externo ao Programa - 1640287 - FERNANDA VANESSA GOMES DA SILVA
Externo ao Programa - null - MARIA MANUELA ESTEVEZ PINTADO - UCP
Externo ao Programa - 338223 - RITA DE CASSIA RAMOS DO EGYPTO QUEIROGA