PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

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Banca de DEFESA: JACKSON TEIXEIRA LOBO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JACKSON TEIXEIRA LOBO
DATA: 27/05/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Plataforma Meet
TÍTULO: Bioestimulação da mangueira cv. Kent no semiárido
PALAVRAS-CHAVES: Mangifera indica L., extrato de algas, fisiologia vegetal, semiárido tropical
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
ESPECIALIDADE: Manejo e Tratos Culturais
RESUMO: O Brasil destaca-se como oitavo maior produtor mundial de manga com aproximadamente 67% da produção nacional colhida na região Nordeste, especialmente na região do Vale do São Francisco, que contribui para que os estados da Bahia e de Pernambuco sejam os maiores produtores nacionais e responsáveis, em 2017, por quase 90% das exportações brasileiras de manga. As exportações brasileiras de manga destinam- se em sua maioria à União Européia, mercado exigente em frutos com pouca ou nenhuma fibra, sabor superior e coloração intensa. Dentre as diversas cultivares produzidas no Brasil, a cultivar Kent apresenta sabor agradável e quantidade de fibra reduzida, o que a torna uma opção para exportação. A região do Vale do São Francisco possui clima semiárido tropical caracterizado por elevadas temperaturas e baixos índices pluviométricos, o que demanda práticas culturais específicas, especialmente visando à redução do estresse vegetal causado tanto pelas elevadas temperaturas, quanto pela redução de lâmina de irrigação que é necessária antes do período de indução floral, visando à uniformidade da floração. Ao se associar o sistema produtivo da mangueira adotado no Vale do São Francisco com as condições edafoclimáticas regionais peculiares, verifica-se, especialmente para a variedade ‘Kent’ que problemas de estresse abiótico causado pelas elevadas temperaturas tem comumente ocorrido e interferido negativamente no sistema produtivo da mangueira. As plantas ativam diferentes mecanismos de proteção em resposta a condições abióticas adversas, dentre os quais o acúmulo de solutos orgânicos de baixo peso molecular (prolina, proteína, carboidratos) nos tecidos, que vem sendo estudado especialmente em relação a estresse hídrico, térmico, salino ou estresses causados por patógenos, anaerobiose, deficiência de nutrientes, poluição atmosférica e radiação UV, e até mesmo a todos esses estresses de forma combinada “estresses múltiplos”. Alguns estudos vêm sendo desenvolvidos com o objetivo de mitigar os efeitos deletérios de efeitos abióticos especialmente com fornecimento exógeno de extratos vegetais (Ascophyllum nodosum) e prolina com resultados satisfatórios, embora para a cultura da mangueira em condições semiáridas ainda constitui uma lacuna na literatura científica. Mediante o exposto e pela importância social e econômica da fruticultura para o Vale do São Francisco, o presente projeto vem a contribuir com a sustentabilidade da atividade frutícola nacional, através da avaliação de prolina associada a Ascophyllum nodosum (L.) como mitigadores do estresse vegetal visando a redução da queda prematura de frutos na variedade ‘Kent’. O experimento será instalado em esquema fatorial 4 x 2 x 2, correspondentes à: i) concentrações de prolina: testemunha (sem prolina), 0,287; 0,575; e 1,150%; ii) Ascophyllum nodosum (L.) (com e sem) e iii) forma de aplicação (foliar ou via fertirrigação). Os tratamentos serão distribuídos em blocos ao acaso, com quatro repetições e cinco plantas de mangueira ‘Kent’ por parcela. Os resultados variaram em função das safras e fases avaliadas. Na fase de maturação de ramos, os fatores não interferiram nas trocas gasosas; e na fase de florada plena os fatores não interferiram nos teores de pigmentos fotossintéticos. Durante o pré-florescimento as máximas taxas de fotossíntese líquida e transpiração foram obtidas com a dose média de 0,61% de L-prolina. Nas condições do presente estudo, a associação entre A. nodosum e L-Prolina não favoreceu as trocas gasosas e pigmentos fotossintéticos da mangueira ‘Kent’. Mais estudos são necessários para compreender o efeito do fornecimento exógeno de prolina no manejo floral da mangueira ‘Kent’.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 034.871.574-97 - ITALO HERBERT LUCENA CAVALCANTE - UNIVASF
Interno - 1755911 - MANOEL BANDEIRA DE ALBUQUERQUE
Interno - 1347774 - WALTER ESFRAIN PEREIRA
Externo à Instituição - GABRIEL BARBOSA DA SILVA JUNIOR
Externo à Instituição - MARCELLE ALMEIDA DA SILVA