PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

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Banca de DEFESA: CHARLYS SEIXAS MAIA DORNELAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CHARLYS SEIXAS MAIA DORNELAS
DATA: 21/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Via Google Meet
TÍTULO: VARIABILIDADE CARIOTÍPICA EM CONVOLVULACEAE, COM ÊNFASE NOS GÊNEROS Jacquemontia Choisy e Ipomoea L.
PALAVRAS-CHAVES: Bandeamento cromossômico – Citogenética – Citotaxonomia – Evolução cariotípica – Fluorocromos – Número básico – Poliploidia – Tamanho do genoma
PÁGINAS: 131
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO: Convolvulaceae é cosmopolita, apresentando 60 gêneros e aproximadamente 2.000 espécies. A família é representada por duas linhagens principais, as subfamílias Dicranostyloideae e Convolvuloideae. Em Dicranostyloideae, Jacquemontia apresenta ca. 120 espécies distribuídas em regiões tropicais e subtropicais, e no Brasil ocorrem 50 espécies, principalmente em áreas de Caatinga e Cerrado. Apenas 6% das espécies do gênero são citologicamente conhecidas, exibindo a série com 2n = 18 e 20. Por outro lado, Convolvuloideae é um grupo de plantas formado por gêneros com n = 15 e elevada estabilidade de números cromossômicos. O gênero mais conhecido cariologicamente é Ipomoea, com cerca de 800 espécies. O presente trabalho objetivou caracterizar detalhadamente os cariótipos em representantes da subfamília Dicranostyloideae com ênfase em Jacquemontia ocorrentes no semiárido, bem como em representantes diploides de Convolvuloideae, com ênfase em Ipomoea, por meio da técnica de bandeamento com fluorocromos e citometria de fluxo. Em Dicranostyloideae, os números cromossômicos para as espécies analisadas são inéditos: 2n = 18 para Jacquemontia corymbulosa e J. evolvuloides, 2n = 20 para J. chrisanthera, J. nodiflora e J. sphaerostigma, e 2n = 36 para J. mucronifera e J. pentanthos. Dinetus truncatus, grupo externo, apresentou 2n = 28. Todas as espécies analisadas apresentaram bandas CMA+ terminais. Adicionalmente, J. sphaerostigma apresentou duas bandas CMA+ pericentroméricas, enquanto J. nodiflora e J. pentanthos apresentaram bandas DAPI+ terminais. As espécies diploides J. sphaerostigma, J. corymbulosa e J. nodiflora apresentaram 1C = 0,93pg, 1,13pg e 1,41pg, respectivamente, enquanto as poliploides J. pentanthos apresentou 1C = 2,25pg e J. mucronifera 1C = 2,32pg. Em Convolvuloideae, novas contagens foram registradas para oito espécies pertencentes aos gêneros Camonea, Ipomoea e Operculina. Cromossomo B foi registrado em uma população de I. bahiensis. O número básico x = 15 foi sugerido para a subfamília Convolvuloideae. São apresentados os primeiros registros de tamanho do genoma para os gêneros Camonea, Distimake e Stictocardia, bem como para seis espécies de Ipomoea. O conteúdo de DNA variou de 1C = 0,78pg em I. bahiensis até 1,38pg em Distimake dissectus. Foram identificados dois tipos de bandas heterocromáticas em Convolvuloideae, bandas CMA+ é o tipo predominante, enquanto bandas DAPI+ é o tipo incomum, ocorrendo quatro padrões de bandeamento nos cariótipos dos representantes da subfamília. Dentre os gêneros da subfamília Dicranostyloideae, a série com n = 9, 10, 12, 13, 14, 15 evidencia a importância da disploidia na diversificação da subfamília. De acordo com as relações intergenéricas na subfamília, provavelmente Jacquemontia se originou a partir de um ancestral com n = 10, com disploidia descendente para n = 9 ocorrendo diversas vezes ao longo da diversificação do gênero. As espécies J. mucronifera e J. pentanthos possivelmente são neopoliploides que não experienciaram drásticas reduções no tamanho do genoma, como se observa durante a diploidização de poliploides mais antigos. O tamanho do genoma se constitui em um parâmetro citotaxonômico eficiente para a delimitação das espécies de Jacquemontia ocorrentes no semiárido brasileiro, incluindo as espécies do complexo J. pentanthos. Em Convolvuloideae, os dados evidenciam a ocorrência de evolução não paralela entre o tamanho do genoma e a heterocromatina. Este cenário sugere que o tamanho do genoma e o número cromossômico possivelmente representam estratégias evolutivamente estáveis associadas à adaptação e especiação na subfamília, enquanto o legado da variação na heterocromatina permanece desconhecido.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6335816 - LEONARDO PESSOA FELIX
Interno - 337908 - RISELANE DE LUCENA ALCANTARA BRUNO
Externo à Instituição - FELIPE NOLLET MEDEIROS DE ASSIS
Externo à Instituição - JOEL MACIEL PEREIRA CORDEIRO
Externo à Instituição - LANIA ISIS FERREIRA ALVES