PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (PPGCI)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: DENISE BRAGA SAMPAIO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DENISE BRAGA SAMPAIO
DATA: 30/07/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Sala virtual no Google Meet
TÍTULO: HEREDITARIEDADE MEMORIALÍSTICA DA DITADURA MILITAR PARA A CONTEMPORANEIDADE: perspectivas da LGBTfobia sob a ótica de dispositivo em Foucault e Agamben
PALAVRAS-CHAVES: Memória. Ditadura Militar no Brasil. LGBTfobia. Comunidade LGBTQIA+. Dispositivo.
PÁGINAS: 114
RESUMO: Trata-se de pesquisa explicativa e comparativa, que busca descortinar a relação entre as condutas LGBTQIAfóbicas da Ditadura Militar brasileira, gestada entre os anos de 1964 e 1985 e condutas empreendidas atualmente, também contra a comunidade LGBTQIA+, por meio de uma perspectiva memorial. Entendendo as práticas discursiva e de memória como vetores dessas novas fobias impetradas à comunidade LGBTQIA+. Neste sentido, a questão orientadora da pesquisa é como se configura o processo de transmutação da matriz heteronormativa brasileira do período de 1964 a 1986 à contemporaneidade? Tal questionamento nos faz inferir que há duas hipóteses a serem verificadas: a de que os Estados Nacionais, em especial a Ditadura Militar, apresentam uma matriz identitária LGBTfóbica apoiada em Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE) que deixou impresso no DNA da sociedade brasileira atual os valores de repressão destas minorias, com práticas ora veladas, ora explícitas de abjeção dos sujeitos enredados na Comunidade LGBTQIA+ e que a reconstituição e proteção de memórias subalternas e da pós-memória em espaços de memória institucionalizados pode ser um importante dispositivo de proteção da história das minorias e gerar consciência em seus potenciais visitantes. Nestes termos, o objetivo geral é identificar o processo de transmutação de memórias fóbicas de um sistema autoritário (Ditadura Militar Brasileira) à um sistema democrático (Brasil da contemporaneidade). Outrossim, os objetivos específicos são: averiguar os dispositivos legais, de imprensa e médicos existentes na Ditadura Militar referentes à criminalização de pessoas LGBT (legislação e jornais da época); conceituar memória hereditária a partir do entendimento de gerações memorialísticas e das memórias subterrâneas e memórias hegemônicas sob a perspectiva de gênero e sexualidade; categorizar os dispositivos e as identidades ligados a repressão das sexualidades não heterocêntricas no período da Ditadura Militar e na contemporaneidade; caracterizar o processo de constituição da memória heterocêntrica e fóbica e suas consequências na construção da sociedade brasileira contemporânea. Com vistas a operacionalizar tais objetivos e responder à questão ora empreendida, tem-se por instrumento de coleta de dados as pesquisas bibliográfica e documental, amparadas pela busca no acervo do Jornal Folha de São Paulo, pelos documentos da Comissão Nacional da Verdade, bem como de materiais bibliográficos que tratam da temática, estes materiais são avalizados por meio da Teoria Fundamentada em Dados e pensadas segundo uma perspectiva dialético-crítica. Preliminarmente, percebemos que há um trânsito de elementos LGBTQIAfóbicos da Ditadura à Contemporaneidade, levando-se em consideração discursos da bancada fundamentalista do Congresso Nacional e movimentos de rua com nome análogo aos movimentos de rua que construíram o Golpe de 1964, no entanto, como dito, estas são apreciações ainda preliminares.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3116047 - IZABEL FRANCA DE LIMA
Interno - 3116045 - BERNARDINA MARIA JUVENAL FREIRE DE OLIVEIRA
Interno - 1815427 - GISELE ROCHA CORTES
Externo ao Programa - 1287701 - ADRIANO AZEVEDO GOMES DE LEON
Externo ao Programa - 1732392 - HENRY PONCIO CRUZ DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 1152128 - EDNA GUSMAO DE GOES BRENNAND
Externo ao Programa - 3319360 - MARIA DA LUZ OLEGARIO