PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: EUGÊNIA LÍVIA DE ANDRADE DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EUGÊNIA LÍVIA DE ANDRADE DANTAS
DATA: 30/10/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 108 CCS
TÍTULO: A linha neonatal é uma hipomineralização do esmalte dentário.
PALAVRAS-CHAVES: Esmalte dentário, Dente decíduo, Histologia.
PÁGINAS: 50
RESUMO: A linha neonatal é uma marcação de estresse fisiológico ocorrido durante o estágio de secreção do esmalte, afetando todos os dentes decíduos e o primeiro molar permanente. Sabe-se que alterações estruturais caracterizam a linha neonatal e há evidências de que ela seria uma barreira à progressão da lesão cariosa, mas não há estudos sobre os componentes volumétricos do esmalte (mineral, orgânico e água) na linha neonatal. O presente estudo teve por objetivo analisar se o efeito da localização histológica do esmalte com relação à linha neonatal afeta os componentes volumétricos (mineral, orgânico e água). Foram utilizados 11 dentes decíduos incisivos humanos, dos quais foram obtidos cortes histológicos por desgaste longitudinais. Em cada secção foram analisados 5 pontos histológicos (2 pontos pré-natais, a linha neonatal e 2 pontos pós-natais) distantes 40 μm entre si, em que os volumes bioquímicos foram quantificados. O volume mineral foi determinado através de radiomicrografia digital e os volumes de matéria orgânica e de água através da quantificação do valor de birrefringência, obtido em microscópio de luz polarizada. Os dados foram submetidos a teste de normalidade, apresentando uma distribuição normal. Utilizou-se o teste Anova de um fator para medidas repetidas seguido do teste t pareado. Observou-se que a localização histológica resultou em diferenças para volume mineral (p<0,0001; η2= 0,11), volume orgânico (p<0,0001; η2= 0,11) e volume de água (p= 0,037; η2= 0,06). A linha neonatal apresentou os seguintes valores médios para componentes volumétricos: 84,50% (volume mineral), 7,45% (volume orgânico) e 8,05% (volume de água). O volume mineral na Linha Neonatal foi menor que no esmalte pré-natal (p < 0,0001; g de Hedge=2,16; IC 95%= 3,36/0,97; poder= 99,97%) e pós-natal (p=0.0003; g de Hedge= 1,646; IC 95%= 2,74/0,54; poder= 99,55%). O volume orgânico na linha neonatal foi maior que no esmalte pré-natal (p < 0,0001; g de Hedge= 1,99; IC95%= 3,15/0,82; poder= 99,93%) e pós-natal (p = 0,0018; g de Hedge=1,27; IC95%= 2,30/0,22; poder= 96,19%). O volume de água na linha neonatal foi maior que no esmalte pré-natal (p < 0,0053; g de Hedge=1,06; IC95%=2,08/0,05; poder=89,14%), porém não teve diferenças conclusivas com o esmalte pós-natal (p =0,016; g de Hedge=0,87; IC 95%=1,87/-0,12; poder=74,12%). Podemos concluir que a localização histológica com relação à linha neonatal afetou os componentes volumétricos do esmalte, com a linha neonatal sendo um esmalte hipomineralizado com alto conteúdo orgânico em comparação com as regiões pré e pós-natais.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3211295 - ANA MARIA BARROS CHAVES PEREIRA
Presidente - 311314 - ANA MARIA GONDIM VALENCA
Externo à Instituição - LUCIANNE COPLE MAIA