PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
3216-7335/7335

Notícias


Banca de DEFESA: ANTONIO FELIPE BARBOSA NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO FELIPE BARBOSA NETO
DATA: 20/02/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 504
TÍTULO: O RIO AMAZONAS NO PERCURSO POÉTICO DE THIAGO DE MELLO E DE JUAN CARLOS GALEANO
PALAVRAS-CHAVES: Natureza. Subjetividade. Ecopoética. Literatura. Ecocrítica
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A literatura contemporanea latino-americana, especificamente a amazonica, tem apresentado uma perspectiva instigada pelos aspectos factuais do homem e da natureza em degradacao. Os efeitos da violencia lenta sobre os espacos florestais e povos que nela habitam, vem despertando os posicionamentos etico e politico, nao partidarios, dos escritores locais, que saem em defesa dos sujeitos historicamente marginalizados, colocando-se enquanto vozes que repercutem as mudancas da paisagem amazonica. No tocante a imagem da natureza, o presente trabalho enseja, junto a valorizacao da cultura nativa entrevista nos textos, analisar como a construcao literaria da Amazonia tem auxiliado no processo de conscientizacao acerca das problematicas ambientais e sociais na regiao. Para isso, buscamos, mediante as representacoes do elemento rio, encontradas na ecopoetica do escritor brasileiro Amadeu Thiago de Mello na obra Amazonia patria da agua (1987), bem como no livro Amazonia y otros poemas (2004), do poeta colombiano Juan Carlos Galeano, observar como os autores atribuem a subjetividade as aguas amazonicas. O rio, portanto, adentra em nosso estudo como recurso estetico simbolico responsavel por condicionar o percurso imaginativo da poetica, perpassado no carater popular que reforca a posicao de pertencimento dos discursos. Vale ressaltar que o Amazonas e demais afluentes tambem se caracterizam como responsaveis pelas denuncias, seres subjetivos que externalizam os efeitos da degradacao ambiental. O recorte das poesias (poemas e prosas) que foram estudadas ocorreu mediante a representacao espacial do mesmo, em que buscamos tracar uma analise da narrativa poetica mediante um metodo de leitura ecocritico pautado nos seguintes aspectos: analisar os textos em suas representacoes do meio ambiente como uma questao politica e estetica; identificar as problematicas ecologicas entrevistas pelos elementos relacionados a discussao ecopoetica; e por fim, relacionar as vozes poeticas como forma de ambientalismo especifico. Dessa forma, propomos dialogar as obras, buscando identificar as aguas como ambiente subjetivizado pelas memorias, marcado pelas presencas das criaturas humanas e nao humanas, e seres reais e sobrenaturais que permeiam a sua existencia. Como principais aportes teoricos, procuramos respaldar em nomes como: Coelho (1945); Mendes (1974); Leonel (1998); Mires (1990); Junk e Melo (1990); Allier (1992); Mesa (1993); Bhabha (1996); Morin (2001); Leff (2003); Mendes (2005); Nielson (2014); Oyarzun (2015); Coutinho (2003); Said (2007); Schneider (2007); Spivak (2010); Nixon (2011); Levy (2011); Walter (2012); Thiel (2012); Braga (2015). Verificamos que as poeticas analisadas refletem percepcoes unicas que se relacionam em prol de uma luta comum. O subjetivismo atribuido ao rio reverbera em consonancia com a simbologia universal, no entanto, imbuido por uma percepcao nativa que possibilita ao leitor uma experiencia de empatia, do reconhecimento da vida em sua pluralidade.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1285167 - ELAINE CRISTINA CINTRA
Externo à Instituição - IVANA ALENCAR PEIXÔTO LIANZA DA FRANCA
Externo à Instituição - SUELI MEIRA LIEBIG
Interno - 1613139 - VANESSA NEVES RIAMBAU PINHEIRO
Presidente - 337991 - ZELIA MONTEIRO BORA