PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: MONALIZA RIOS SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MONALIZA RIOS SILVA
DATA: 23/05/2019
HORA: 14:00
LOCAL: sala 404B videoconferência
TÍTULO: CONTANDO TRICKSTERS: AGENTES DE SUBVERSÃO/TRANSGRESSÃO DE RELAÇÕES DE PODER EM ERDRICH, MORRISON E HOPKINSON
PALAVRAS-CHAVES: Trickster. Interseccionalidade. Relações de Poder. Transculturalidade. Vozes nativo e afroamericanas
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Em tempos de crescente disseminacao de odio e ascensao de autoritarismos estatais e de opressoes institucionalizadas, olhar para a forca do povo, um poder endogeno, constitui no maior agenciamento que cada cidadao deve exercer em sociedade. Enquanto a Literatura puder promover discussoes, simbolos e representacoes desse rizoma transformacional, embora corroido pela estrutura externa, faz-se valer a figura trickster. Tricksters sao compreendidas, e marcamos o lugar do feminino, como personalidades multi(trans)facetadas e agenciadoras de estrategias ora discursivas, ora representacionais para o enfrentamento das injusticas sociais. Soma-se a isso a capacidade das tricksters de serem agentes de subversao e/ou transgressao no escopo da ordem hegemonica racista, sexista, machista, lgbtqifobica e classicista. Esta pesquisa tem o intuito de investigar a categoria trickster e suas possibilidades de agenciamento das relacoes de poder, envolvendo genero, raca e classe em tres romances de: uma nativo-americana, de uma afro-americana e de uma jamaico-canadense, a saber: The Antelope Wife, de Louise Erdrich (1998); Sula, de Toni Morrison (1973); Midnight Robber, de Nalo Hopkinson (2000). Baseamos nossas epistemes, fundamentalmente, em aparatos teorico-filosoficos que discutem o lugar de nativo-americanas/os e de povos afrodiasporicos nas Americas, como garantia do lugar de fala. Para nossas discussoes teoricas e criticas em Tricksters, trazemos: Hyde (1998), Hynes; Doty (2003); Cunha (2005); Smith (1997); Gates Jr. (1988); Vizenor (1990). Para questoes de estudos em literaturas nativo-americanas, feminismo interseccional, transculturalidade, des-/decolonialidade: Schneider (2001); hooks (1984); Davis (2016); Ribeiro (2017); Pratt (1999); Walter (2009); Costa (2015). Percebemos formas diferentes de tricksters nos romances em estudo que agenciam relacoes de poder, ora subvertendo-as, ora transgredindo-as. Em The Antelope Wife a storytelling, evidenciada no discurso da narradora central e nas focalizacoes em varias personagens, traz uma multivocalizacao narrativa que subverte a ordem linear da narratividade e transgride os discursos hegemonicos das narrativas de fundacao. Em Sula, a assertividade da trickster Sula utiliza o Womanism sass, como linguagem verbal e performatividade, que subverte o patriarcado branco e elitista e transgride instituicoes “sagradas”, como o casamento. Em Midnight Robber, a discursividade transcultural nas diasporas confere o carater trickster de Tan-Tan que performatiza a pluriversalidade cultural, subvertendo opressoes e transgredindo fronteiras, ao se travestir de uma figura mitica e folclorica caribenha, alem de outros tropos de cultura. Sendo assim, em diferentes multi-esteticas e formas, as tricksters dos romances convergem no sentido de estabelecerem lugares de fala diversos e compoem um acervo produzido por povos contra hegemonicos que se circunscrevem nas Americas dos nativos e dos povos de afrodiaspora.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1347382 - ANA CRISTINA MARINHO LUCIO
Externo ao Programa - 1532557 - DANIELLE DE LUNA E SILVA
Presidente - 1350518 - LIANE SCHNEIDER
Externo à Instituição - ROLAND WALTER
Externo à Instituição - RUBELISE DA CUNHA