PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: SUELE CONDE SOARES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUELE CONDE SOARES
DATA: 16/04/2012
HORA: 10:00
LOCAL: Sala PPGL
TÍTULO: Pelas Veredas da Psicose: o que se escreve?
PALAVRAS-CHAVES: Psicose, escrita, língua, letra, suplência, laço social.
PÁGINAS: 96
RESUMO:

 

Esta dissertação tem por finalidade investigar a escrita na psicose para isso se utilizando das teorias da psicanálise lacaniana, bem como freudiana e da linguística saussuriana. Tal investigação tem o intuito de discutir os efeitos da escrita numa estrutura psíquica – a psicose – que parece estar fora da língua socialmente compartilhada, a língua a qual Saussure nomeia. Pensamos num diálogo com a linguística por meio da língua, esta enquanto um sistema de linguagem que é, por isso, comparada a outros sistemas como é o caso da escrita. Por meio do funcionamento da língua, o mais importante dos sistemas, é possível entrever o funcionamento da escrita. Isso nos daria o norte para pensar a escrita na psicose como caminho a uma estabilização ou mesmo uma suplência ao sujeito psicótico. Mas, um impasse: Sendo a língua um sistema criado num acordo social, e a psicose apontar que este sujeito não visa o coletivo, estaria o psicótico condenado a não fazer laços sociais? Diante da sua loucura a escrita poderia operar enquanto arrimo ao gozo absoluto do grande Outro? São questões que nos incitam a percorrer o rastro da psicose e da escrita, considerando as ideias de Saussure e de Lacan. Nosso trajeto seguiu as trilhas fornecidas por estes teóricos no que tange a linguagem, a língua e a psicose. Lacan adentra na linguística por meio do significante saussuriano, fazendo um novo uso ao aplicá-lo ao sujeito do inconsciente. Sua teoria se inicia com a linguagem, para ao longo de seu ensino adentrar no campo do gozo. Ou seja, vai do tempo do simbólico, do significante para o tempo do real, da letra/ a escrita. Nesse segundo momento do seu ensino, Lacan trará a letra como aquilo que resta não significantizado e, portanto, exige de todo sujeito uma criação singular para lidar com o que é da ordem do real. Será a abordagem do real que possibilitará um diálogo entre psicanálise e linguística no que este tem de todo e não-todo? Que consequências advirão desses questionamentos é o convite que fazemos pelas veredas da psicose a investigar o que se escreve.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337907 - MARGARIDA MARIA ELIA ASSAD
Interno - 338188 - MONICA NOBREGA
Interno - 337034 - SOCORRO DE FATIMA PACIFICO BARBOSA